Diante do cenário preocupante vivido pela Santa Casa de Ibiá e pela APAE, o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Ibiá, sob a presidência de Christiane Paiva, idealizou e organizou, juntamente com a CDL, Lions Clube, Rotary Clube e com as Maçonarias Moral e Justiça, Montezuma e Acácia, um leilão com a finalidade de arrecadar recursos em benefício da Santa Casa e da APAE.
O evento denominado de “Leilão do Bem”, foi realizado no dia 6 de dezembro do ano passado e como já era de se esperar, o povo de Ibiá abraçou a causa de forma surpreendente e o retorno foi estupendo, chegando a arrecadar cerca de 196 mil reais.
De acordo com o sindicato, ficou determinado em reuniões realizadas entre os organizadores, que o valor arrecadado seria dividido em partes iguais, entre a Santa Casa e APAE, sendo que a Santa Casa receberia sua parte em equipamentos médico-hospitalares e a APAE receberia sua parte em dinheiro.
A direção do hospital, após avaliar o quadro de equipamentos da entidade, decidiu que seriam adquiridos, uma mesa cirúrgica, um ventilador pulmonar, duas bombas de infusão volumétrica e um aparelho de anestesia. A lista dos equipamentos foi enviada ao sindicato, que se comprometeu em fazer a aquisição e repassá-los ao hospital.
A polêmica começou depois que o Jornal Alto Paranaíba (JAP), divulgou em sua edição de nº 146, uma matéria onde o vice-presidente da Associação dos Amigos da Santa Casa de Ibiá (AASCI), Edson Minohara, confirma que até o presente momento a Santa Casa não recebeu sua parte do benefício conforme foi combinado, ou seja, os equipamentos solicitados ainda não chegaram à Santa Casa e que a demora na entrega desses equipamentos pode causar riscos e prejuízos à saúde da população. Segundo Edson, a decisão de repassar a parte da arrecadação à Santa Casa em equipamentos foi única, exclusiva e de forma unilateral do sindicato, alegando que não efetuaria qualquer tipo de doação em dinheiro.
Usando as redes sociais, o Presidente da CDL de Ibiá, Flavio Paiva, um dos organizadores do evento, rebateu a AASCI, dizendo que a decisão foi de comum acordo entre as partes: “A decisão da forma de partilha do numerário arrecadado no “Leilão do Bem” não foi uma decisão única e exclusiva do Sindicato dos Produtores Rurais de Ibiá, foi sim, uma decisão de todos os membros da comissão organizadora do evento, da qual participaram CDL, Lions, Rotary, Maçonarias Moral e Justiça, Montezuma e Acácia”, publicou em sua página.
Em entrevista a uma emissora de rádio local, a presidente do sindicato, Christiane Paiva, também se manifestou a respeito do assunto. Segundo a presidente, os cinco equipamentos solicitados pela Santa Casa já foram adquiridos, sendo que quatro deles já se encontram na sede do sindicato, e o aparelho de anestesia, por se tratar de produto importado, está na alfândega brasileira em processo de desembaraço aduaneiro o qual também aguarda a liberação da ANVISA. Ainda de acordo com Christiane, ficou definido nas reuniões, que os cinco equipamentos seriam entregues juntos, após elaboração de um contrato de comodato entre a AASCI e o sindicato, o que assegurará que os equipamentos não sejam penhorados em caso de uma possível cobrança judicial, já que a Santa Casa contraiu uma enorme dívida. Segundo Christiane, foi exatamente as condições financeiras da Santa Casa que levou a todos os organizadores do evento, a decidirem repassar a parte da entidade em equipamentos, reconhecendo que essa seria a forma mais segura e vantajosa para a população.
Mesmo depois de passar por essa situação desconfortável que acabou virando polêmica e criando um mal estar entre a AASCI e o sindicato, Flavio Paiva garantiu para toda a população que no final deste ano o Leilão do Bem estará de volta, e quer arrecadar o dobro que arrecadou no ano passado.
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