O enredo magistralmente retratado na Avenida conquistou corações e mentes, levando os espectadores a buscar avidamente a obra literária que o inspirou.
Na esteira do desfile emocionante da escola de samba Portela, do Rio de Janeiro, na noite da última segunda-feira (12), o livro aclamado "Um Defeito de Cor", da autora ibiaense Ana Maria Gonçalves, alcançou um marco notável: sua edição esgotou-se rapidamente no Amazon Prime na terça-feira (13).
O enredo magistralmente retratado na Avenida conquistou corações e mentes, levando os espectadores a buscar avidamente a obra literária que o inspirou.
A saga narrada através dos séculos, centrada no ponto de vista de Kehinde, uma protagonista cativante e emblemática, ressoou profundamente com o público. Kehinde, também conhecida como Luisa Mahin, uma figura marcante na história da Revolta dos Malês em Salvador, cativou o imaginário coletivo com sua jornada de luta, resistência e determinação.
A demanda pelo livro transcendeu as plataformas digitais, pois a editora Record também enfrenta escassez de estoque, com uma fila de espera considerável para aquisição do exemplar. A solução para os ávidos leitores agora reside nos sebos, virtuais ou físicos, onde ainda é possível encontrar cópias desta obra extraordinária.
Além do fervor literário, o desfile da Portela foi marcado pela presença da talentosa atriz Taís Araujo, que desfilou empunhando um exemplar do livro como um estandarte de sua admiração pela obra. Araujo, apaixonada pelo livro, fez da passarela um tributo à narrativa envolvente de Ana Maria Gonçalves.
Os carnavalescos Antônio Gonzaga e André Rodrigues, da Águia Altaneira de Oswaldo Cruz, trouxeram o enredo de "Um Defeito de Cor" para o sambódromo da Marquês de Sapucaí, provocando uma comoção que transcendeu o espaço físico do desfile. A possibilidade de uma produção audiovisual pela TV Globo também paira no horizonte, conforme revelado pelos carnavalescos.
Apesar de um contrato expirado, a autora Ana Maria Gonçalves confirmou que a TV Globo demonstrou interesse em adaptar a história para as telas. Embora a renovação do contrato não esteja nos planos imediatos, a autora sugere que a jornada de Kehinde pode, eventualmente, ganhar vida em uma supersérie de sucesso, ampliando ainda mais o legado desta obra singular.
A Portela ganhou o título de melhor escola do ano, segundo o júri do Estandarte de Ouro, dentre as outras 11 concorrentes do Grupo Especial.
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