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Doença misteriosa e altamente letal avança no Congo, com 60 mortes e mais de mil infectados


OMS alerta para taxa de mortalidade 10 vezes maior que a da Covid no início da pandemia e envia equipes de emergência para conter o surto.


Imagem: Getty Images/iStockphoto/ND
Imagem: Getty Images/iStockphoto/ND

Uma doença misteriosa e extremamente letal, que já causou 60 mortes e infectou mais de 1.096 pessoas, está se espalhando rapidamente nas aldeias de Bolomba e Basankusu, no noroeste da República Democrática do Congo. O surto, que preocupa a Organização Mundial da Saúde (OMS), apresenta uma taxa de mortalidade alarmante de 12,3%, cerca de 10 vezes maior do que a observada no início da disseminação da Covid-19.


De acordo com a OMS, o aumento no número de casos e mortes é motivo de grande preocupação, especialmente em um país que já enfrenta múltiplas crises de saúde simultaneamente. A instituição enviou uma equipe de resposta rápida, incluindo especialistas em emergências de saúde, para investigar a origem e os padrões de transmissão da doença.


Sintomas e possível origem


Os sintomas relatados incluem febre, dor de cabeça, calafrios, suor, rigidez no pescoço, dores musculares e articulares, coriza ou sangramento nasal, tosse, vômito e diarreia. Autoridades locais suspeitam que o surto tenha começado em 21 de janeiro, após três crianças terem comido um morcego morto na aldeia de Boloko.


Testes iniciais descartaram a presença dos vírus Ebola e Marburg, mas cerca de metade das amostras analisadas deram positivo para malária, doença endêmica na região. A OMS está investigando outras possíveis causas, como febre tifoide, meningite e a presença de toxinas em alimentos ou água.


Risco de disseminação e esforços de contenção


Imagem: OMS/Divulgação.
Imagem: OMS/Divulgação.

A Dra. Zania Stamataki, especialista em imunologia viral da Universidade de Birmingham, alerta que a doença pode se espalhar rapidamente, já que a forma de transmissão ainda é desconhecida.

“Infecções não conhecem fronteiras e podem ser transmitidas por pessoas ou animais. A vigilância é crucial para identificar sintomas e conter a propagação”, afirmou.

Enquanto isso, a OMS reforçou a equipe médica local e enviou suprimentos de emergência para tratar os pacientes e fortalecer a vigilância epidemiológica. A organização também está realizando entrevistas com membros das comunidades afetadas para entender melhor o contexto do surto.


A situação no Congo é crítica, com o sistema de saúde sob pressão devido a múltiplos surtos e crises humanitárias. A OMS pede atenção global e apoio internacional para evitar que a doença misteriosa se torne uma nova ameaça à saúde pública mundial.

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