Eleições 2024: Abstenções em Ibiá superam média nacional e estadual
Com 24,09% de eleitores ausentes, Ibiá enfrenta desafios semelhantes aos do Estado de Minas Gerais, onde 23,03% não compareceram às urnas, enquanto a média do Brasil é de 21,68%.
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As eleições municipais de 6 de outubro em Ibiá registraram um preocupante índice de abstenção: 24,09% dos eleitores não compareceram às urnas, conforme dados divulgados pelo Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG). Esse percentual, que representa 4.186 eleitores, está acima da média nacional de 21,68% e do índice estadual de 23,03%.
Além da alta abstenção, o pleito também contou com 205 votos em branco e 266 votos nulos. Apesar da leve queda em relação a 2020, quando a abstenção foi de 26,70%, os números ainda indicam um desafio significativo para a democracia local.
A especialista em ciências políticas, doutora Mariela Rocha, analista do Instituto Data Tempo, comenta que não há um fator isolado que explique essa realidade, mas sugere uma reflexão sobre a percepção dos eleitores.
“Apesar do comparecimento obrigatório, o custo de não votar é muito baixo. As pessoas já perceberam que o custo é baixo e, de repente, pode ser por aí o raciocínio”, afirma Rocha.
Analisando o cenário estadual, as abstenções nas eleições deste ano em Minas Gerais foram ligeiramente inferiores às de 2020, que registraram 23,2%. Contudo, a persistência de índices elevados pode ser um indicativo de que muitos eleitores se sentem desconectados das propostas e candidaturas disponíveis.
Para a população de Ibiá, a situação levanta questionamentos sobre o futuro da participação cívica na cidade. Estimular o engajamento, incluindo campanhas de conscientização e a promoção de diálogos abertos entre candidatos e eleitores, podem ser iniciativas a serem discutidas para melhorar esse cenário.
No contexto mais amplo, a abstenção elevada pode sinalizar um desafio que ultrapassa as fronteiras de Ibiá, refletindo tendências nacionais de desinteresse e desconfiança nas instituições políticas. A importância da mobilização social e do fortalecimento da democracia se torna cada vez mais evidente, em um momento em que a participação popular é crucial para a construção de um futuro mais representativo e inclusivo.
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