Os ibiaenses encararam com seriedade o problema da seca que devastou várias partes do Brasil no final do ano passado. Minas Gerais foi um dos estados mais afetados pela estiagem.
Em decorrência da seca, várias campanhas de conscientização foram espalhadas pela mídia na tentativa de promover, entre as populações, métodos eficazes para economizar água.
O SAAE, empresa que faz o tratamento e distribuição da água na cidade, informou que o abastecimento na zona urbana foi normal, não sendo preciso utilizar processos de racionamento de água. Já nos distritos de Tobati, Argenita e Quilombo a situação foi totalmente diferente. Todos eles foram afetados pela seca, pior para Tobati, que foi preciso receber água de Ibiá para ajudar no abastecimento da comunidade.
Diante de tantos problemas os ibiaenses deram uma aula de conscientização, economizando cerca de 15 milhões de litros de água no final de 2014, volume que corresponde a 14,6% do total produzido pelo SAAE no mês de dezembro, conforme publicado na pagina da empresa no Facebook.
Atualmente muitas campanhas ainda estão ativas em várias cidades do Brasil, pois as chuvas que caíram em determinadas áreas, não foram suficientes para deixarem os reservatórios em condições normais de abastecimento.
IBIÁ ABAIXO DA MÉDIA
De acordo com o SNIS (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento), cada ibiaense gasta em média, cerca de 160 litros de água por dia, número abaixo da média nacional que é de 166 litros por habitantes.
O ibiaenses também paga uma das menores tarifas de Minas Gerais. De acordo com o SNIS, a população de Ibiá paga, em média, cerca de R$ 1,15 por metro cúbico consumido. (veja na tabela abaixo comparação ente outros municípios de Minas Gerais).
SISTEMA DE FLUORETAÇÃO DE ÁGUA
A fluoretação da água no abastecimento público representa uma das principais e mais importantes medidas de saúde pública no controle da cárie dentária.
Nos anos 70, na administração do prefeito Noé Dias dos Reis, em parceria com a Fundação SESP, Ibiá se tornava a terceira cidade no Brasil a implantar o sistema de fluoretação de água, trazendo mais saúde para a população. Antes de Ibiá, as cidades de Passos em Minas Gerais, e Baixo-Guandu no
Espírito Santo, já haviam implantado o sistema.
PERDAS NO SISTEMA
A perda de água tratada nas redes de distribuição, sempre foi e será uma dor de cabeça para as empresas de saneamento. Para se ter uma ideia da dimensão do problema, a cidade de Campo Belo, em Minas Gerais, contabiliza uma perda de 46,62%, quase a metade da água tratada se perde no caminho até chegar nas torneiras do consumidor. Um índice acima da média nacional, que é de 40%.
De acordo com o SNIS, a cidade de Ibiá registrou em 2013, apenas 4,8% de perdas no sistema, um dos menores índices do Brasil. Com 63,79% o município de Pratinha, em Minas Gerais, tem um dos maiores índices de perdas registrados no Brasil.
NOSSA OPINIÃO
Muito bom saber que o povo de Ibiá, mesmo não havendo racionamento de água na cidade, participou efetivamente das campanhas de conscientização e economizou um volume significativo de água. O volume economizado pela população de Ibiá, daria pra abastecer cerca de 60 famílias de 4 pessoas, durante 1 ano. É muita água! Parabéns Ibiá!
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