Família denuncia PM por suposta agressão a um entregador de Ibiá
Agressão teria ocorrido após briga no Centro de Ibiá. PM diz ter aberto um processo para apurar o caso.

Pronto-socorro de Ibiá. Imagem: Google.
A família de Gabriel Batista, de 35 anos, denunciou à Polícia Civil uma suposta agressão sofrida por ele por parte da Polícia Militar (PM), após ele ter sido preso como suspeito de se envolver em uma briga no Centro de Ibiá. A família informou que a vítima foi agredida com chutes e socos, dentro do Quartel da Polícia Militar. A Polícia Civil abriu um inquérito para investigar o caso. A PM também informou que está apurando os fatos. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (11), pela TV Integração, afiliada da TV Globo e ganhou repercussão nos principais sites de notícias da região.
O entregador contou que não lembra de quase nada. Ele não quis gravar entrevista à reportagem da TV Integração porque está com dificuldade para falar em função de um corte na boca. Entretanto, segundo o irmão dele, o motorista Christiano Wesley Batista, ele foi preso e agredido no quartel da PM após o registro de uma briga em uma lanchonete onde ele estava. Uma testemunha, que também foi presa na ocorrência, contou que viu Gabriel ser agredido no quartel da PM. Segundo a testemunha, Gabriel foi atingido por um soco e caiu. Após a agressão ele foi atingido com chute, murro.
Segundo familiares de Gabriel, uma pessoa informou que ele tinha sido preso e agredido, e que uma ambulância estava no quartel para levá-lo ao hospital. O primeiro contato da família com a polícia foi na entrada do Pronto-socorro da Santa Casa, como contou o irmão de Gabriel à TV Integração.
“Inclusive quando eu cheguei na porta da Santa Casa tinha três policiais e eu questionei eles o que tinha acontecido. Eles falaram que ele tinha envolvido em uma briga na praça e eu falei que eles tinham machucado ele demais, aí eu perguntei o que aconteceu. E o próprio policial falou ‘foi eu que bati nele’. Aí eu disse que a ele que a gente ia procurar nossos direitos e o outro polícia falou que a gente poderia procurar que a gente não ia conseguir e que seria mais uma ocorrência. Eu tentei entrar na Santa Casa e eles me barraram, tive que acionar o advogado para eu entrar e ficar do lado do meu irmão”, contou Christiano Wesley Batista.
O médico responsável pelo atendimento ao Gabriel, apresentou um relatório a família onde aponta que o paciente estava em observação devido à lesão corporal por meio de agressão com uso de força física da Polícia Militar.
Ainda segundo a família de Gabriel, ele recebeu alta da Santa Casa pouco depois e seguiu com o irmão até a delegacia, onde pagou fiança e foi liberado.
A respeito de haver ou não, agressão por parte de Gabriel aos policiais, Christiano disse: “Se ele agrediu ou não, foi na hora da briga e isso vai ser investigado. Agora, o que aconteceu com ele, que ele estava andando na praça algemado e foi para o destacamento, nessa hora, o que eles fizeram com ele foi inadmissível, teve excesso de pancadaria. Meu irmão ficou desacordado muito tempo, a ambulância teve que buscar ele no quartel e não na praça. Queremos justiça”, finalizou.
Sobre a agressão, a Polícia Militar informou que será aberto um processo de apuração para esclarecimento do fato e das circunstâncias.
Já a Polícia Civil instaurou um inquérito policial e apura detalhadamente as ações de ambas as partes.
Com informações da TV Integração
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