Além de Ibiá, há mandados em João Pinheiro, Paracatu, Patos de Minas, Patrocínio, São Gotardo e Uberlândia.
Operação ‘Quem viver verá’ é realizada em Ibiá
Mandados de busca e apreensão são cumpridos em Ibiá, João Pinheiro, Paracatu, Patos de Minas, Patrocínio, São Gotardo e Uberlândia na manhã desta terça-feira (10) durante uma operação de combate a um esquema milionário de sonegação de impostos. O crime seria comandado por profissionais que atuam como corretores de milho, soja e feijão.
Batizada de “Quem viver verá”, a operação é uma força-tarefa que envolve as Receitas Estaduais e Federal, o Ministério Público e as polícias Civil e Militar. Além de Minas Gerais, mandados também são cumpridos no Distrito Federal e nos estados da Bahia, Goiás, São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Tocantins.
Ao todo, são cumpridos 109 mandados de busca e apreensão e quebra de sigilo bancário e de comunicação, sendo 73 em Minas. Nas regiões do Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste de MG, são 23 alvos:
Ibiá – 5 alvos
João Pinheiro – 1 alvo
Paracatu – 6 alvos
Patos de Minas – 8 alvos
Patrocínio – 1 alvo
São Gotardo – 1 alvo
Uberlândia – 1 alvo
Segundo o superintendente-adjunto da Receita Federal em Minas Gerais, Orlando Soares dos Santos, o foco são os corretores que fazem a ligação entre o produtor rural e os cerealistas que são os beneficiários finais do esquema.
“Nestes mandados de busca e apreensão, estamos colhendo documentação que comprove a prática desses crimes com a intenção de, depois, perseguirmos na esfera criminal os autores dessas práticas danosas ao equilíbrio a arrecadação federal e estadual. É claro que, à medida que a gente for apurando esses ilícitos, vamos identificar corretamente as pessoas e novos mandados deverão ser solicitados à Justiça, inclusive, mandados de prisão”, comentou.
O esquema
De acordo com o MPMG, a operação é a terceira fase de um trabalho iniciado em 2017, quando foi identificado um grande polo de estabelecimentos de fachada criados para a emissão de notas fiscais frias, de grãos, no Noroeste de Minas Gerais. A primeira fase foi focada nas empresas e, a segunda, nos produtores rurais.
O Ministério Público identificou, a partir da operação, que corretores de grãos faziam parte de um esquema de sonegação tributária juntamente com o corretores que são os principais incentivadores de empresas que emitem notas frias.
Em parceria com produtores, os corretores são os protagonistas que fomentam a proliferação de empresas noteiras. Os corretores são os responsáveis pelas negociações com os produtores rurais, com as indústrias que compravam os grãos e remunerava as empresas que emitem as notas frias.
A estimativa é que a fraude nos fiscos tenha tido uma movimentação de R$ 1 bilhão, por ano, em notas frias.
Por: G1 Triângulo e Alto Paranaíba e MG1
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