Brigadistas, bombeiros militares e comunidade tentam exterminar as chamas que cercam o parque nacional desde o último domingo
Chamas não dão trégua na Serra do Cipó, na Região Central do estado (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Agoniza, em meio às chamas, toda a região da Serra do Cipó, na Região Central de Minas Gerais, no maior incêndio da sua história. O fogo, que já dura sete longos dias de calor e ar de péssima qualidade, desafia brigadistas, bombeiros militares e comunidade, e destoa da natureza do local. No parque nacional e imediações, as labaredas invadem sem pedir licença, chegando a ameaçar até pousadas da região.
De acordo com informações obtidas pelo Estado de Minas, as pousadas Barriga da Lua e Pouso do Elefante estão de frente para o fogo. Hóspedes, inclusive, já teriam sido colocados em alerta neste sábado (3). As chamas também ameaçam residências. Uma moradora, aflita com a situação, chegou a relatar, em um aplicativo de mensagens, que o incêndio estaria próximo da sua casa.
Na noite deste sábado, labaredas intensas puderam ser vistas nas regiões conhecidas como Caetana e Confins, próximas à cachoeira Véu da Noiva, um dos pontos mais conhecidos da Serra do Cipó. A operação de hoje também se dedica a outras duas áreas: Cachoeira da Farofa e Cânion das Bandeirinhas.
Conforme relatório do Corpo de Bombeiros e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), 129 pessoas estão envolvidas nos trabalhos deste sábado. O efetivo está dividido em 64 brigadistas do Instituto Chico Mendes, 13 bombeiros, 21 voluntários, dois pilotos e cinco apoiadores dos aviões AirTractor e quatro tripulantes de helicóptero vinculados ao ICMBio.
Ainda fazem parte do efetivo quatro servidores das prefeituras de Jaboticatubas e Santana do Riacho (motoristas de caminhões-pipa) e dois motoristas de caminhão de combustível vinculados ao governo do estado. No comando da operação, estão oito servidores do ICMbio, quatro voluntários e dois militares do Corpo de Bombeiros.
Por: Matheus Adler/Estado de Minas
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