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Mãe denuncia babá por maus-tratos em Patos de Minas: “Queimou minha filha com ferro de passar roupa”

O Conselho Tutelar de Patos de Minas acompanha o caso e aguarda a investigação que está sendo feita pela Polícia Civil de Minas Gerais (PMMG).


Foto: Arquivo da família/Divulgaçao.


A Segunda Delegacia de Patos de Minas abriu um procedimento para investigar um caso de agressão contra uma menina de 3 anos. A menina foi internada no Hospital Regional Antônio Dias ao apresentar queimaduras de 2º grau pelo corpo. Os ferimentos foram percebidos pela mãe da criança, na última sexta-feira (25), após ela retornar da casa da babá. A reportagem foi divulgada pelo site “G1”.


No último sábado (26) o Conselho Tutelar acionou a Polícia Militar e denunciou o caso. Segundo a Polícia Militar (PM). Um dos conselheiros que acompanhava a ocorrência na unidade de saúde relatou que a menina apresentava marca de queimadura nas nádegas em formato de “V”, comparada com a base de um ferro elétrico.



Durante os procedimentos realizados no hospital, a mãe, de 28 anos, relatou aos policiais que deixou a menina na casa da babá, de 27 anos, no Distrito Industrial, por volta de 7h de sexta-feira. Ao retornar para buscar a menina, por volta das 16h, notou que havia pomada nos pés da filha. A vítima também apresentava escoriações no nariz e na testa. Ao questionar o motivo, a babá afirmou que a criança havia se queimado e que tinha se machucado no carro e não sabia dizer ao certo o que havia acontecido. Entretanto, a mãe explicou que a criança não apresentava nenhuma lesão ao chegar na casa da babá. Posteriormente, a mesma percebeu outras queimaduras nas mãos e nas nádegas.


“Ela falou ‘mamãe, ela me queimou com ferro, com ferro de passar roupa, mamãe’. Ainda relatou que depois que os pés estavam machucados, ela pisou neles. Quando peguei minha filha, a parte de cima dos pés realmente estavam vermelhas. A babá até disse ‘os pés estão vermelhos, mas eu não sei o motivo’. Foi muita covardia. Por que ela não me ligou? Por que não pediu ajuda?”, disse Priscila em entrevista ao site ‘G1”.

A criança foi levada até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), que a encaminhou para o Hospital Regional. A mãe complementou que não acionou a Polícia Militar, pois deu prioridade em buscar atendimento médico para a filha. Ainda segundo a mãe, a criança permanece internada, mas que está bem. Contudo, está em observação e aguarda nova avaliação médica para saber se precisará passar por procedimento cirúrgico nos pés. Ela ainda informou aos militares que percebeu que na casa babá havia outras crianças com pomadas nas costas.


O que a criança disse:

Segundo os militares, na conversa com a mãe, a criança apenas disse “aquela mulher é muito má, ela me queimou com o ferro”. A jovem então tentou conversar mais com a filha para saber o que havia acontecido, mas a menina não soube explicar que tipo de objeto foi usado e não deu mais detalhes.


O que a babá disse:

Os militares então foram até a casa da babá, de 27 anos, que confirmou ter ficado com a criança no dia anterior, mas negou as agressões. Ela disse que não percebeu os ferimentos no rosto da criança pois estava ocupada cuidando do filho de 8 meses que tinha febre. A mulher também disse que a menina estava brincando no quintal da casa com seu filho de 2 anos. Pouco tempo depois ela percebeu que a criança estava mancando e que seus pés estavam queimados e seu rosto estava machucado.


A babá disse que perguntou à criança sobre os hematomas em seu rosto, e ela disse que se machucou no carro. Quanto às queimaduras, a jovem contou que a menina pisou em alguns ferros que foram expostos ao calor e à luz do sol, possivelmente aquecidos.


A PM informou ainda que, em relação das outras crianças que tinham pomadas nas costas, o conselheiro tutelar não encontrou nenhum ferimento nos quatro filhos da babá. A jovem não foi presa de imediato por ausência de flagrante.


Segundo o conselheiro tutelar responsável pelo caso, Claysson Fonseca Sousa, a babá agiu com naturalidade e confirmou a versão dada à PM. Agora, o Conselho Tutelar acompanha o caso e aguarda a investigação.


“Após a alta médica, o Conselho Tutelar vai encaminhá-la para tratamento psicológico. As autoridades policiais vão ser comunicadas. Como ela já está em atendimento hospitalar, acredito que não será necessária perícia, mas aí depende do andamento da investigação”, disse Sousa.


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