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Marília Mendonça incluiu as mulheres como protagonistas da música brasileira

O termo feminejo ficou conhecido a partir da presença de mulheres no sertanejo com temáticas de respeito, direitos e até denúncias. Marília Mendonça faleceu na última sexta-feira (5), após sofrer um acidente aéreo.



Marília Mendonça disse que canta o que as mulheres gostariam de cantar. Assim a cantora criou o seu repertório musical, que traz o termo Feminejo para dentro desse estilo ainda masculino, com letras sobre decepções amorosas, superação de relacionamentos abusivos, autoestima feminina e apoio feminino. Apesar de ser uma das principais representantes dessa tendência, Marília Mendonça substituiu com sucesso várias vozes femininas que começaram a ocupar o sertanejo brasileiro no início dos anos 1980, como Roberta Miranda, Irmãs Barbosa e Irmãs Galvão.


Como ficou conhecida no universo da música sertaneja, a "Rainha da Sofrência" compôs e cantou várias canções que inspiraram diversas mulheres do sertanejo a subirem no palco e enfrentarem o machismo, que ainda está intimamente ligado a esta mídia, como a de Biahh Cavalcante. Em sua carreira, que já tem 4 anos, ela disse que as canções de Marília a ajudaram a realizar seu sonho de ser cantora e compositora sertaneja. Biahh disse que já encarou muito machismo e assédio na estrada, principalmente por ser uma mulher cantando. Segundo a cantora por subir aos palcos e cantar, às vezes com uma roupa mais chamativa, sofre muito.


As canções cantadas pelas mulheres do sertanejo expressam comportamentos que antes só eram permitidos pelos homens, como beber, ir a bares e liberdade sexual. Além disso, temas relacionados aos direitos das mulheres sempre existiram em Feminejo. Simone e Simaria lançaram a música "Ele bate nela", condenando a violência doméstica.