As vítimas, que estavam envolvidas na colheita de batatas e cebolas, dormiam em galpões, acomodando-se em cima de sacos de adubo e fertilizantes, e não recebiam os pagamentos devidos por seus serviços.
O Ministério Público do Trabalho de Minas Gerais (MPT-MG) realizou, na última quinta-feira (19), uma operação que resultou no resgate de 76 trabalhadores em condições análogas à escravidão nas cidades de Santa Juliana e Ibiá, localizadas na região do Alto Paranaíba. As vítimas, que estavam envolvidas na colheita de batatas e cebolas, dormiam em galpões, acomodando-se em cima de sacos de adubo e fertilizantes, e não recebiam os pagamentos devidos por seus serviços. A informação foi divulgada pelo G1.
De acordo com informações repassadas à TV Integração, em Santa Juliana, 44 trabalhadores foram encontrados em condições precárias durante a colheita de batatas. Em Ibiá, 32 trabalhadores estavam em situação semelhante, envolvidos na colheita de cebolas.
O MPT-MG destacou que a operação na região ainda está em andamento e que mais informações sobre os responsáveis pelas irregularidades serão divulgadas posteriormente.
Este não é um caso isolado na região. No final de agosto, uma operação conjunta da Polícia Federal (PF) e da Auditoria Fiscal do Trabalho (AFT) resgatou 59 trabalhadores em condições análogas à escravidão em propriedades rurais nas cidades de Ibiá e Rio Paranaíba. A ação destacou a persistência de práticas laborais abusivas e a necessidade de fiscalização contínua para combater essas violações dos direitos humanos.
Essas operações sublinham a importância de esforços coordenados entre diferentes órgãos para erradicar o trabalho escravo e garantir condições dignas para todos os trabalhadores.
O MPT-MG reafirma seu compromisso em fiscalizar e combater práticas de trabalho escravo, ressaltando a importância da denúncia por parte da população para que mais casos possam ser investigados e resolvidos. A situação alarmante dos trabalhadores no Alto Paranaíba evidencia a luta contínua contra a exploração e os abusos no ambiente de trabalho.
Essa matéria foi produzida com informações da Polícia Federal (Operação Resgate II).
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