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Operação Cacus: Corrupção e fraude marcam esquema de tráfico de gado em MG

Servidores públicos e produtores rurais estão envolvidos na fraude que movimentou mais de R$ 420 milhões.


Imagem: Polícia Civil de Minas Gerais

João Pinheiro (MG) – Uma operação da Polícia Civil de Minas Gerais desarticulou uma complexa organização criminosa envolvida em um esquema de tráfico de gado que causou um prejuízo estimado em mais de R$ 420 milhões. A operação, batizada de Cacus, em alusão à figura mitológica romana, resultou na prisão de 12 pessoas, entre elas servidores públicos do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), um contador e diversos produtores rurais.


As investigações, que tiveram início em João Pinheiro, no Noroeste de Minas Gerais, revelaram que a quadrilha agia de forma organizada, utilizando documentos falsos e sistemas oficiais para movimentar ilegalmente mais de 83 mil cabeças de gado entre os anos de 2022 e 2024.


A Polícia Civil cumpriu 13 mandados de busca e apreensão, sendo 12 em João Pinheiro e um na residência do principal suspeito, em Brasília. Durante as ações, foram apreendidos diversos materiais, como celulares, computadores, pen drives, HDs externos, cheques, dinheiro em espécie, guias de trânsito animal (GTAs), documentos de transferência de gado, notas fiscais e anotações de transações financeiras.


Modus Operandi


De acordo com as investigações, os criminosos inseriam dados falsos em sistemas oficiais, como o Sistema de Informações sobre a Sanidade Animal e Inspeção (SISAN), para emitir documentos fraudulentos e realizar transferências de gado sem a autorização dos proprietários. A quadrilha também utilizava notas fiscais falsas para ocultar a origem dos animais e dificultar o rastreamento das transações.


Prejuízos e Impacto


O esquema criminoso causou um prejuízo significativo para os produtores rurais da região, que tiveram seus animais furtados e vendidos ilegalmente. Além disso, a fraude compromete a rastreabilidade dos animais e pode ter implicações para a segurança alimentar.


Investigações em Andamento


A Polícia Civil continua as investigações para identificar outros envolvidos na quadrilha e desvendar a complexa rede de relações que sustentava o esquema. Os suspeitos responderão pelos crimes de inserção de dados falsos, corrupção, lavagem de dinheiro e falsificação de documentos públicos.


O papel do IMA


O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) colaborou ativamente com as investigações, fornecendo toda a documentação necessária para a elucidação do caso. A instituição ressaltou a importância da parceria com as forças de segurança para combater crimes como esse e garantir a segurança sanitária e a rastreabilidade dos produtos de origem animal em Minas Gerais.

 

A operação Cacus demonstra a importância de ações coordenadas entre diferentes órgãos para combater o crime organizado e proteger o patrimônio dos cidadãos. A Polícia Civil, em conjunto com o Ministério Público e outros órgãos de controle, continuará trabalhando para desarticular outras organizações criminosas que atuam no estado.

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