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Peça sacra roubada há 27 anos será devolvida a museu no Sul de Minas

A obra é de Nossa Senhora da Apresentação e estava em um site de leilão de arte para ser vendida.



Minas salvou mais uma parte sagrada de seu precioso patrimônio. Será realizada nesta quarta-feira (17/11), a devolução da imagem de Nossa Senhora da Apresentação, furtada há 27 anos do Museu Regional do Sul de Minas, que fica no município de Campanha. A informação foi divulgada pelo site Estado de Minas.


A cerimônia de entrega será realizada na Catedral de Santo Antônio às 16 horas pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio da Coordenadoria das Promotorias de Justiça de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico (CPPC) e da Promotoria de Justiça de Campanha. Em nota a Secretaria Municipal de Esportes e Cultura informou que a obra será enviada à Diocese de Campanha e, posteriormente, fará parte do acervo do Museu Regional do Sul de Minas. A população da cidade foi convidada a participar da devolução da imagem.


Segundo relatórios do MPMG, em 7 de março de 1994, o Museu Regional do Sul de Minas foi arrombado e invadido. Naquele dia, foram furtados 28 patrimônios sagrados do acervo. Imagens, oratórios e cálices estão entre os bens desaparecidos, alguns dos séculos 18 e 19.


Durante o roubo, os ladrões deixaram alguns vestígios identificados pela perícia, sendo apontados como suspeitos integrantes de uma quadrilha de São Paulo especializada em furto de objetos sagrados, a qual já participou desta atividade criminosa em várias cidades de Minas.


No dia 9 de agosto de 2017, o CPPC/MPMG recebeu denúncia de um servidor do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) a respeito do paradeiro de uma imagem sacra cadastrada como desaparecida na base de dados do MPMG e também listada como desaparecida no Instituto de História e Patrimônio Artístico Nacional (Iepha) de Minas Gerais. Após análises, verificou-se que a imagem era de Nossa Senhora da Apresentação.


A obra foi descoberta em um site de leilão de arte, a qual foi ofertada em 12 e 13 de dezembro de 2016, e a área técnica do CPPC analisou as informações obtidas. A conclusão da análise técnica é que existem semelhanças significativas nas características entre o objeto denunciado e o objeto roubado de sua localização em Campanha. Portanto, o site do leilão foi oficializado a fornecer informações sobre a peça anunciada, e o mesmo aconteceu com o ofertante e/ou atual detentor da peça.


Em resposta, o site do leilão esclareceu que a obra ainda não foi vendida e forneceu os dados do detentor, que foi ouvido por carta precatória. Posteriormente, a equipe do CPPC, atualmente coordenada pelo Promotor de Justiça Marcelo Maffra, entrou em contato com o proprietário que, imediatamente se ofereceu para devolver a escultura. Ele contratou os serviços de uma empresa especializada em embalagens e transporte de obras de arte, a qual procedeu, há duas semanas, a entrega da peça na sede da CPPC.

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