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Projeto de transferência de tecnologia contempla produtores de café de Ibiá e Região

Após a realização de três colheitas (2019, 2020 e 2021), foram verificados impactos positivos na produtividade e na qualidade sensorial da bebida dos cafés da região.



O café de Minas Gerais é o mais famoso do Brasil e sua qualidade é prioridade para realização de pesquisas. Com base nesse fato, em 2016, a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG) e a Embrapa Café, no âmbito do Consórcio Pesquisa Café, lançaram o projeto de transferência de tecnologia “Unidades de Demonstrativas na Região do Cerrado Mineiro”, contemplando as cidades de Ibiá, Patrocínio, Monte Carmelo, Rio Paranaíba, Carmo do Paranaíba, Campos Altos, Coromandel, Varjão de Minas e Araguari. A informação foi divulgada pelo site "Notícias Agrícolas".


Nessas unidades, iniciou-se o teste de validação de 12 cultivares de café (Catuaí Vermelho IAC 144, Bourbon Amarelo IAC J10, Topázio MG 1190, MGS Epamig 1194, Catiguá MG2, MGS Catiguá 3, MGS Ametista, Pau Brasil MG1, MGS Paraíso 2, MGS Aranãs, Sarchimor 8840 e IAC 125 RN) com foco em melhor compreensão da performance das mesmas nas microrregiões da denominação de origem do Cerrado Mineiro.


Após a realização de três colheitas (2019, 2020 e 2021), foram verificados impactos positivos na produtividade e na qualidade sensorial da bebida dos cafés da região. As cultivares MGS Paraíso 2, MGS Epamig 1194 e MGS Ametista se destacaram com incrementos de produtividade acima de 30% quando comparadas aos padrões do Cerrado Mineiro.


Em relação à qualidade sensorial, o impacto foi ainda maior, com as cultivares MGS Paraíso 2 e Catiguá MG2 se sobressaindo ao padrão local, com mudanças significativas no perfil sensorial, como a inserção de notas de frutas tropicais, acidez málica e especiarias, que culminaram em mais de dois pontos de incremento na escala de 0 a 100 da Specialty Coffee Association (SCA).


Como consequência desses resultados, houve inversão na demanda por mudas de café nos viveiros da região. Antes dos resultados do projeto, aproximadamente 80% das mudas eram de cultivares já consagradas, como as do grupo Catuaí. Após a revelação dos dados do projeto, 70% das mudas produzidas são das novas cultivares, o que mostra a importância da pesquisa na escolha dos cafés pelos produtores.

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