Reconhecimento facial por drones resulta em 44 prisões nos três primeiros dias de Carnaval em Minas Gerais
- ibiaemfoco
- 4 de mar.
- 2 min de leitura
Ferramenta inédita identifica pessoas com mandados de prisão em aberto ou em descumprimento de medidas judiciais, com média de 15 detenções diárias durante a folia.

O Carnaval de 2025 em Minas Gerais marcou a estreia de uma nova tecnologia de combate ao crime: o reconhecimento facial por drones. Nos três primeiros dias de festa, a ferramenta foi responsável por auxiliar na prisão de 44 pessoas, a maioria na região metropolitana de Belo Horizonte. A média de detenções diárias chegou a quase 15, com o ápice no sábado de Carnaval (2/3), quando 29 indivíduos com mandados de prisão em aberto foram identificados e capturados.
A tecnologia, que já estava em vigor desde o início do ano, foi implementada durante o período carnavalesco para reforçar a segurança. Os drones equipados com câmeras inteligentes são capazes de identificar, em tempo real, pessoas que estão em desacordo com a justiça, seja por mandados de prisão em aberto ou por descumprimento de medidas judiciais.
De acordo com o tenente Hamilton Silva, comandante de Operações da 6ª Companhia do 1º Batalhão da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), o sistema funciona de forma integrada.
“As câmeras dos drones estão conectadas a um programa que acessa um banco de dados com informações sobre mandados de prisão e medidas judiciais. Quando a câmera capta a imagem de alguém que está nessa lista, o sistema alerta os agentes, que agem rapidamente para efetuar a prisão”, explicou.
Após a identificação, as equipes em solo são acionadas para realizar a captura.
“A informação é repassada para os militares, que direcionam as viaturas até o local onde o indivíduo foi detectado. Tudo é feito de forma ágil para garantir a eficiência da operação”, detalhou o tenente.
Além do sábado, que registrou o maior número de prisões, a tecnologia também foi utilizada com sucesso na sexta-feira (28 de fevereiro), quando seis pessoas foram detidas, e no domingo (2), com outras nove prisões. A iniciativa tem sido vista como um avanço no uso de tecnologias para a segurança pública, especialmente em eventos de grande porte, como o Carnaval, onde a aglomeração de pessoas pode dificultar a identificação manual de criminosos.
A expectativa é que, após os testes durante o Carnaval, o reconhecimento facial por drones seja ampliado para outras operações policiais em Minas Gerais, contribuindo para a redução de crimes e aumentando a eficiência das ações de segurança pública.
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