Há pelo menos um século não havia registros de harpias na Mata Atlântica mineira. Foto feita por observador de aves na Mata do Limoeiro veio a público no Wikiaves.
A harpia é considerada uma das maiores aves de rapina do mundo. Foto: Oswaldo/reprodução.
O registro da aparição de uma harpia no final do mês de junho, comoveu biólogos e observadores de aves de várias cidades do Brasil. A descoberta foi feita por um garoto de oito anos e fotografada pelo tio dele, o engenheiro-agrônomo Oswaldo, que também é um observador de aves. Eles estavam passarinhando em família na Mata do Limoeiro em Almenara, município localizado na região Nordeste de Minas Gerais, quando avistaram a ave.
Em conversa com a jornalista ambiental, Duda Menegassi, do Portal “((o)) eco”, Oswaldo contou que caminhava com o sobrinho por uma região de mata quando o menino gritou: “olha o gavião”! Quando ele olhou para cima, quase caiu para trás. A cerca de 20 metros de altura, estava o maior gavião de todos, o gavião-real, também conhecido como harpia. Esse encontro com a maior ave de rapina do país já seria uma história especial para qualquer observador, porém as fotos feitas por Oswaldo confirmaram que ainda há harpias na Mata Atlântica mineira, o que não era documentado há pelo menos um século.
“Foi um registro extraordinário aqui para Minas Gerais, ainda mais porque conseguimos uma boa foto”, contou o engenheiro.
A espécie é considerada uma das maiores aves de rapina do mundo, com até um metro de altura e três metros de envergadura.
O avistamento da harpia na região de Almenara causou grande comoção entre os moradores locais e especialistas em aves. A presença da ave pode indicar a existência de um ecossistema saudável na área, uma vez que a espécie necessita de uma vasta área de floresta para sobreviver.
As fotos registradas por Oswaldo guardam uma informação ainda mais extraordinária: a harpia fotografada muito provavelmente não está sozinha, como esclarece o biólogo Everton Miranda, especialista ouvido por ((o)) eco. Há um ninho, com um filhote recém-chocado e, naturalmente, um parceiro.
“O peito está tingido de marrom, isso indica que é um bicho que estava chocando durante a última chuva. É o tanino das folhas que deixa o peito assim amarronzado, pelo contato com as folhas durante os 55 dias de choca”, explica Everton. “Tem ninho por ali, a menos de 10 quilômetros dessa localidade”, completa.
De acordo com especialistas, a Harpia é uma espécie ameaçada de extinção devido à degradação de seu habitat natural e à caça indiscriminada. A aparição da ave em Almenara pode contribuir para a conservação da espécie e reforçar a importância da preservação ambiental em todo o país.
Por fim, o garoto de oito anos e o observador de aves que presenciaram o avistamento da Harpia se tornaram verdadeiros heróis ambientais, demonstrando que a preservação da fauna e da flora requer a atenção e o cuidado de todos nós.
Com informações de ((o)) eco.
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