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Obra literária de escritora ibiaense vai virar novela na Globo


Estreia na TV deverá ser em 2021



O premiado livro “Um Defeito de Cor”, escrito pela ibiaense Ana Maria Gonçalves, vai virar supersérie na Tv Globo, ou novela das 11, como a própria emissora sita em suas chamadas. A adaptação está nas mãos da roteirista Maria Camargo, e deve estrear no primeiro semestre de 2021. O romance, publicado em 2006, é fruto de longa pesquisa acerca da sociedade brasileira escravista do século XIX.


Maria Camargo também já levou à TV os livros, “Dois irmãos”, de Milton Hatoum, e “A Clínica: a Farsa e os Crimes de Roger Abdelmassih”, de Vicente Viladaga, resultado da minissérie “Assédio”.


Durante a inauguração do MG4, os novos estúdios da Globo no Rio, o diretor geral da Globo Carlos Henrique Schroder afirmou que o romance da ibiaense será adaptado pra TV: “Estamos imaginando uma coisa bem complexa para 2021: estamos trabalhando num grande épico, uma coisa bem complexa, que o Ricardo (Waddington, responsável pelo funcionamento dos Estúdios Globo) tá quebrando a cabeça pra resolver”.

Schroder explicou que a emissora testou a ausência da supersérie este ano, o que não significa que vai abandonar o formato. Para o ano que vem, já está em andamento a produção da trama “O Selvagem da Ópera”, obra de Maria Adelaide Amaral.



Sobre o Romance

Um defeito de cor é narrado por Kehinde, que até os oito anos de idade vivia em Savalu, África. Após a morte da mãe e do irmão, ela, junto da avó e de Taiwo, sua irmã gêmea, viajam sem rumo e chegam a Uidá. Nessa cidade, as três são capturadas e jogadas em um navio negreiro com destino ao Brasil. Ao fim da viagem, Kehinde é a única sobrevivente da família.


Após longa jornada de idas e vindas, derrotas e vitórias, Kehinde, já velhinha, conta a sua história, que se confunde com grandes épicos da literatura universal.


Equipe de Adaptação

A equipe de adaptação conta com Paulo Lins, autor de “Cidade de Deus”, Bianca Ramoneda, que esteve na equipe de Maria Camargo em “Assédio”, Pedro Barros, Mariana Jaspe e Luciana Pessanha. A pesquisa vai ficar por conta de Eduarda Azevedo e a supervisão será de Nei Lopes, compositor, cantor, escritor e estudioso das culturas africanas. O diretor artístico deverá ser José Luiz Villamarim.


O elenco já começa a ser pensado, com muitas possibilidades de lançamento de novos atores, ampliando a diversidade de cores dentro da emissora.


Sobre a adaptação, Ana Maria Gonçalves conta: “Conversei com a Maria Camargo [roteirista], não quero acompanhar, não tenho desapego o suficiente. Uma das coisas que consegui conversar com eles foi de ter uma equipe feminina e negra, e isso tem. Temos dois homens negros, uma mulher negra e mais um homem e duas mulheres brancas”, disse orgulhosa.


Ana Maria Gonçalves nasceu em Ibiá (MG) em 1970. Trabalhou com publicidade até 2001, quando se mudou para Ilha de Itaparica e escreveu “Ao lado e à margem do que sentes por mim” e “Um defeito de cor” (Editora Record), ganhador do Prêmio Casa de las Américas (Cuba, 2007). Já publicou em Portugal, Itália e nos EUA, onde ministrou cursos e palestras sobre relações raciais e fez residência em universidades como Tulane, Stanford e Middlebury. Mora em São Paulo, onde escreve também para teatro, cinema e televisão. (Fonte de pesquisa: Revista Fórum e Jornalista Cristina Padiglione – Blog Telepadi)

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