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Nos ombros do destino: Como uma canção e um beijo viraram eternidade

"Do primeiro beijo ao 'sim' eterno: como Rafaela e Pedro descobriram que o amor não é acaso, mas escolha diária"

Imagem ilustrativa criada por inteligência artificial
Imagem ilustrativa criada por inteligência artificial

O Grito que Mudou Tudo


A música alta, as luzes piscando, o cheiro de cerveja e batom barato no ar. Era uma típica noite nos Jogos Jurídicos de 2016, e Rafaela estava ali com uma única missão: ser livre. Solteira, com três amigas igualmente despretensiosas, ela queria rir, dançar e — por que não? — beijar alguém interessante.


Foi então que um grito atravessou o caos da festa: "Olha ali, é a Marina Ruy Barbosa?"


Ela virou, meio desconfiada, meio curiosa, e deu um tchauzinho irônico para o desconhecido de sorriso fácil. Pedro. Ele riu, ela revirou os olhos, e a vida seguiu. Mas o destino, teimoso, os colocou no mesmo caminho horas depois, apresentados por um amigo em comum.


Pedro foi direto: queria beijá-la. Rafaela, porém, resistiu. "Não hoje. Não com essa cerveja. Não com essa música." Até que uma amiga cansou de suas desculpas e deu o veredito: "Deixa de ser boba, ele é um gato."

E ela deixou.


Aquele beijo despretensioso foi o primeiro de muitos que se repetiram no final de cada festa, mesmo quando ambos saíam com outras pessoas. Algo os puxava de volta um para o outro, como um fio invisível que nenhum dos dois entendia — mas nenhum queria cortar.


A Negação que Virou Amor


"Não acredito em namoro. Também não quero nada sério agora."


Era o que diziam. Mas os finais de semana eram sempre juntos. Os amigos já os tratavam como casal. E, sem perceber, pararam de beijar outras pessoas.


No Festival Planeta Brasil, durante o show do Skank, Pedro a levantou nos ombros sem aviso. Rafaela abriu os braços, cantou "Vou Deixar" aos gritos, e algo dentro dela estremeceu. Era mais do que diversão. Era uma alegria profunda, quase assustadora, por estar ali — com ele.


Mas o medo falou mais alto. Pedro ainda negava o amor, e ela se preparava para desistir. Até que, em um passeio de quadriciclo na fazenda, olhou para ele e pensou: "Nossa, eu amo esse menino."


E então veio o pânico. "E agora? Ele não quer namorar. Eu vou me machucar."


Mas o universo, mais uma vez, surpreendeu. Em junho, no mesmo lugar onde ela havia se perdido em seus pensamentos, Pedro segurou sua mão e disse, sem cerimônia: "Eu te amo, Rafaela."


Ela ficou muda. O coração batia tão forte que parecia querer fugir do peito. Aquele era o pedido de namoro mais honesto que poderia existir.


Oito Anos Depois, o Mesmo Sorriso


O tempo passou, mas a essência deles não mudou. Continuavam festeiros, bêbados de amor e de cachaça, melhores amigos. Pedro era sua rocha: firme, protetor, o porto onde ela se ancorava nas tempestades. Com ele, Rafaela aprendeu a falar — e a confiar.


Em 2017, ele a pediu em casamento pela primeira vez, quase como uma brincadeira, mas com olhos sérios. Sete anos depois, veio o anel. E na semana passada, o "sim" diante de todos que acompanharam sua história.


No final dos votos, Pedro olhou para ela, com lágrimas nos olhos, e disse:


"Amor é um ato de vontade. Não é acaso, nem impulso. É escolha. É acordar todos os dias e, em plena consciência, decidir de novo: eu quero estar com você."

Rafaela sorriu. Lembrou do tchauzinho irônico, dos beijos roubados entre festas, da música do Skank, do "eu te amo" na fazenda. E soube, com certeza absoluta:


Algumas histórias são escritas pelo acaso. A deles foi escrita por escolha.

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