Mais uma vez, café produzido em terra ibiaense é premiado
Depois da Federação dos Cafeicultores do Cerrado premiar o produtor, Edison Minohara, proprietário da Fazenda Nova Casa Branca, com o prêmio de “Melhor Café Natural do Cerrado Mineiro”, em novembro do ano passado, a Empresa italiana Illycaffè, contemplou a produtora Juliana Tytko Armelin, proprietária da Fazenda Terra Alta, no município de Ibiá, com o título de campeã Nacional do “25º Prêmio Ernesto Illy de Qualidade do Café para Espresso”.
A premiação ocorreu do último dia 6, no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo (SP) quando foram eleitos os campeões entre os fornecedores brasileiros da empresa.
A produtora receberá o montante de R$ 70 mil pela conquista. O vice-campeão Nacional, Laerte Pelosini Filho, do município de Pardinho em São Paulo, conquistou R$ 45 mil pela premiação.
A batalha para Juliana chegar até o topo nacional, não foi nada fácil. Primeiramente ela teve que enfrentar fortes produtores do Cerrado Mineiro, se sagrando vencedora. Na sequencia ela foi pra disputa nacional, onde se sagrou a grande campeã enfrentando produtores de Minas Gerais, Bahia, Rio de Janeiro, Paraná, Goiás e São Paulo.
A cerimônia teve, ainda, a presença do CEO da companhia, Andrea Illy, que celebrou os anos de história e anunciou novidades. “Queremos levar a premiação mais longe. Por isso, ano que vem teremos outros prêmios em países produtores e um Prêmio Internacional, em Nova Iorque, nos Estados Unidos”, revelou Andrea.
Confira os produtores campeões de cada categoria nesta edição do Prêmio Ernesto Illy de Qualidade do Café para Espresso:
Categoria Nacional: Campeã: Juliana Tytko Armelin – Ibiá – Cerrado Mineiro 2º Laerte Pelosini Filho – Pardinho – São Paulo 3º Leda Castelani Pereira Lima – Monte Santo de Minas – Sul de Minas
Fazenda Terra Alta – Ibiá/MG
Categorias Regionais: Matas de Minas Raimundo Dimas Santana Filho – Araponga (MG) – Fazenda Santo Antonio Sul de Minas Leda Castelani Pereira Lima – Monte Santo de Minas (MG) – Fazenda Nova Esperança Chapada de Minas Eduardo Yamaguchi – Diamantina (MG) – Fazenda Forquilha Cerrado Mineiro Juliana Tytko Armelin – de Ibiá (MG) – Fazenda Terra Alta de Ibiá São Paulo Laerte Pelosini Filho – Pardinho (SP) – Sítio Daniella I Rio de Janeiro Francisco Nioac de Salles – Bom Jardim (RJ) Região Sul Orlando von der Osten – Cornélio Procópio (PR) – Fazenda Pilar Centro-Oeste Gelci Zancanaro – Cristalina (GO) – Fazenda Nossa Senhora de Fátima Norte/Nordeste Glauber de Castro – Barreiras (BA) – Fazenda Café do Rio Branco
Juliana Tytko Armelim é paulistana, formada em Engenharia Elétrica, casada com Paulo Siqueira, também engenheiro, ambos trabalhavam na área de finanças em São Paulo. O pai de Juliana decidiu por plantar café em São Paulo, a filha e o genro foram ajudá-lo a analisar a viabilidade econômica do negócio. Ao perceberem que se tratava de um bom investimento também entraram no negócio, mas escolheram a Região do Cerrado Mineiro, que já se despontava.
Em 2010 o casal colocou literalmente a mão na massa e formaram a fazenda a partir das mudas, plantando inicialmente 50 hectares de café. O ano de 2014 foi o segundo de colheita da fazenda Terra Alta e Juliana diz que desde o início buscaram a qualidade usando terreiros suspensos e processo controlados. A motivação do casal vem do orgulho de tomar o café que produzem e gostar daquilo. A descoberta do lote premiado veio dos passarinhos, que notadamente, comiam mais aqueles grãos por serem mais doces, dando a dica do melhor talhão.
Agora o foco no casal é não deixar a produção cair de qualidade, tendo apenas o que chamaram de “sorte de principiante”, e que na próxima safra a qualidade seja ainda melhor. A Fazenda Terra alta possui a certificação UTZ.
