Brasil registra menor número de nascimentos em três décadas e acende alerta demográfico
- ibiaemfoco
- há 10 minutos
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Com queda de 146 mil registros em apenas um ano, país enfrenta o sexto ano consecutivo de retração. Envelhecimento acelerado da população pressiona o futuro das aposentadorias.

As maternidades brasileiras estão cada vez mais silenciosas. Dados recentes confirmam uma tendência que vem transformando a estrutura social do país: Em 2024, o Brasil registrou a maior queda no número de nascimentos em mais de 30 anos.
Ao todo, foram 2,44 milhões de bebês registrados, o que representa 146 mil recém-nascidos a menos em comparação a 2023. Este é o sexto ano consecutivo de retração, consolidando um cenário de mudança demográfica profunda.
Por que os berços estão vazios?
Especialistas apontam que a mudança não é aleatória, mas fruto de transformações comportamentais e sociais. O principal fator é o timing da maternidade. As mulheres brasileiras estão optando por ter filhos cada vez mais tarde.
Para se ter uma ideia da velocidade dessa mudança:
Em 2004: 52% dos bebês tinham mães com até 24 anos.
No ano passado: Esse número despencou para 34,6%.
Além do adiamento da gestação, outro fator comportamental citado como contribuinte para a queda é a redução da frequência de relações sexuais entre os casais modernos.
O resultado matemático dessas escolhas é uma queda brusca na taxa de fecundidade: se nos anos 1960 a média era de 6,28 filhos por mulher, hoje esse índice está em apenas 1,55.
O Brasil vai encolher
O quadro é claro: o Brasil está envelhecendo rapidamente. As projeções do IBGE indicam que a população brasileira parará de crescer e começará a diminuir efetivamente já em 2042.
O impacto no seu bolso e no futuro
A inversão da pirâmide etária — menos jovens na base e mais idosos no topo — traz um desafio econômico imediato. Com a expectativa de vida atingindo 76,6 anos e as contas públicas operando frequentemente no vermelho, a matemática da previdência social deixa de fechar.
A equação que preocupa economistas é simples:
Menos jovens contribuindo + Pessoas vivendo mais tempo = Necessidade de novas reformas previdenciárias.
Esse cenário sugere que a atual geração de trabalhadores terá que permanecer no mercado de trabalho por muito mais tempo do que seus pais para conseguir se aposentar. Esse movimento, no entanto, não é exclusividade brasileira; ele reflete uma tendência global já observada na maioria dos países desenvolvidos.






































