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Jovem mineira, de 22 anos, morre após ser vítima de fake news

Jéssica Vitória Dias Canedo foi alvo de mentiras veiculadas online sobre suposto relacionamento com humorista.

 


Imagem: Instagram/Reprodução

Na última sexta-feira, 22 de dezembro, a cidade de Araguari, na região do Triangulo Mineiro, em Minas Gerais, foi abalada pela trágica notícia do falecimento de Jéssica Vitória Dias Canedo, uma jovem de apenas 22 anos. Jéssica foi vítima de uma terrível campanha de fake news promovida por um site de fofocas, que a acusava de ter um caso amoroso com o renomado humorista Whindersson Nunes.

 

A notícia falsa se espalhou rapidamente pelas redes sociais, causando um verdadeiro linchamento virtual contra a jovem. Jéssica, que negou veementemente as acusações, afirmou que estava sendo vítima de cyberbullying e que sua reputação estava sendo destruída injustamente. Infelizmente, essa onda de difamação e ódio virtual teve consequências trágicas.

 

Whindersson chegou a alertar o público de que as imagens divulgadas eram falsas. Tanto a vítima quanto a família fizeram apelos para que os perfis que publicaram a mentira retirassem as informações do ar, mas nada foi feito.

 

Um dos administradores da página “Choquei”, um das maiores do Brasil no segmento de notícias de celebridades, fez um comentário debochado sobre um texto no qual uma mulher informava que sofria de depressão e pedia a exclusão das fake news. Raphael Souza publicou em tom de chacota: “Avisa para ela que a redação do Enem já passou”.

 

O perfil emitiu uma nota lamentando o incidente e afirmou, por meio de sua assessoria jurídica, que não houve "qualquer irregularidade na divulgação das informações". O perfil perdeu quase 400 mil seguidores nas redes sociais em um período de 24 horas. Segundo dados do Social Blade, empresa de rastreamento e análises de mídias sociais, foram 304.104 no Instagram e outros 61.359 no X (antigo Twitter).

 

Dor e revolta


No mesmo dia do falecimento de Jéssica, a funerária Frederico Ozanam Serviço Social de Luto realizou o velório da jovem, onde amigos e familiares compareceram para prestar suas últimas homenagens e demonstrar o profundo pesar pela perda precoce. A comunidade de Araguari também se solidarizou com a família, manifestando apoio e repúdio aos ataques cruéis que Jéssica sofreu.

 

Jéssica foi sepultada em Araguari, no sábado (23), em meio a um clima de tristeza e indignação. A jovem, natural de Coromandel, havia se mudado recentemente para a cidade em busca de novas oportunidades e estava determinada a construir uma vida feliz e plena.

 

Antes desse terrível episódio, Jéssica já vinha enfrentando uma batalha contra a depressão, uma doença silenciosa que muitas vezes é subestimada. Infelizmente, Jéssica já havia tentado tirar a própria vida no passado, o que torna essa tragédia ainda mais dolorosa para a família e amigos que lutavam ao seu lado.

 


Inês de Oliveira ao lado da filha Jéssica. Imagem: Instagram/Reprodução.

A mãe de Jéssica, Inês Oliveira, em meio à dor da perda, fez um apelo emocionante para que as pessoas parem de compartilhar fake news. Ela ressaltou que essas notícias falsas têm o poder de destruir vidas e deixar marcas irreparáveis nas pessoas e em suas famílias.

 

Whindersson Nunes, o humorista envolvido nessa história, afirmou categoricamente que não conhecia Jéssica e que a conversa publicada era totalmente falsa. Ele expressou sua tristeza pela perda de uma vida jovem e reforçou a importância de combater a disseminação de fake news, que pode causar danos irreversíveis.

 

A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves também se pronunciou.

"É inadmissível que o conteúdo mentiroso, que fez crescer uma campanha de difamação contra a jovem, não tenha sido retirado do ar nem pelo dono da página nem pela plataforma X ao longo de quase uma semana."

 

A família não divulgou as causas da morte de Jéssica.


A equipe Ibiá em Foco lamenta profundamente o episódio e ressalta que a morte de Jéssica é um triste lembrete dos perigos das fake news e do cyberbullying. É fundamental que as pessoas se unam para combater essas práticas nocivas, protegendo a integridade e a dignidade de cada indivíduo. Que a memória de Jéssica seja um lembrete constante de que é preciso agir com responsabilidade e empatia nas redes sociais, evitando disseminar informações falsas e contribuir para o sofrimento de outras pessoas.

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