Caso ocorreu em Pains, na região Centro-Oeste de MG; Prefeitura disse que está apurando o caso.
Um caso chocante de negligência aconteceu em uma creche no município de Pains, localizado na região Centro-Oeste de Minas Gerais. Um menino de apenas 2 anos, portador de autismo, foi colocado para dormir dentro de um banheiro da instituição.
A mãe da criança, Milene Milheiro Silva, ficou extremamente revoltada ao ter acesso a uma imagem que mostrava seu filho nessa situação. Em uma entrevista ao G1, ela desabafou:
"Revoltada, essa é a palavra que define o que senti ao ver a foto".
Diante desse ocorrido, Milene registrou um boletim de ocorrência na Polícia Militar (PM). Nas redes sociais, a Prefeitura divulgou um comunicado informando que está apurando o caso e tomará as medidas necessárias (veja abaixo).
A mãe conta que teve conhecimento da foto na segunda-feira (4), quando recebeu o registro feito pela mãe de outra criança da mesma creche. No entanto, antes mesmo de ter acesso à imagem, a unidade escolar já havia convocado uma reunião com ela para esclarecer o incidente, que ocorreu no dia 30 de outubro.
"Fui chamada à escola e foram as próprias professoras que me contaram que meu filho tinha sido colocado no banheiro para dormir. A justificativa foi de que o banheiro estava desativado e era mais fresco, mais arejado e mais tranquilo. Eu fiquei indignada, não levo meu filho na escola para dormir em banheiro. E se ele acorda e cai, e se ele coloca a mão no vaso, e se sai um bicho peçonhento e pica ele?", desabafou a mãe.
Devido ao transtorno do espectro autista, o menino apresenta atraso na fala e mobilidade. Para Milene, isso é um agravante, pois seu filho não consegue relatar sobre a rotina na creche.
Ela se preocupa se outras situações semelhantes ocorreram sem que ela soubesse: "E se aconteceram outras coisas? Ele não fala, não saberia dessa situação, não saberia de nada".
Diante desse lamentável episódio, Milene decidiu retirar o filho da creche municipal e matriculá-lo em um Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei), onde ele começará a frequentar no próximo ano. "Eu não admito que ele fique mais nessa escola. Vamos finalizar o ano em casa e no ano que vem ele começará em outra escola", concluiu a mãe indignada.
A Prefeitura de Pains está sendo pressionada pela sociedade para tomar medidas rigorosas em relação ao caso, garantindo que a situação não se repita e que a criança receba o atendimento adequado em um ambiente seguro e respeitoso.
Comunicado da Prefeitura de Pains
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