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Operação Descrédito prende 15 por fraudes bancárias em Minas Gerais

Esquema envolvia funcionários de bancos, falsificação de documentos e movimentou mais de R$ 20 milhões em golpes.


Imagem: Polícia Civil de Minas Gerais/Divulgação
Imagem: Polícia Civil de Minas Gerais/Divulgação

Belo Horizonte, MG – A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) deflagrou, na quinta-feira (22), a Operação Descrédito, resultando na prisão de 15 pessoas e no desmantelamento de uma sofisticada organização criminosa especializada em fraudes bancárias, lavagem de dinheiro, falsificação e uso de documentos falsos. A quadrilha é suspeita de ter movimentado mais de R$ 20 milhões em golpes, afetando mais de 100 vítimas, entre pessoas físicas e jurídicas.


As investigações da PCMG revelaram a existência de um grupo com pelo menos 18 integrantes. Eles atuavam falsificando documentos para obter empréstimos ilícitos em nome de terceiros. Chocantemente, entre os detidos estão funcionários e gerentes de instituições financeiras, que eram peças-chave para viabilizar as ações dos golpistas. "Uma conta falsa foi aberta no nome da vítima e um suspeito de Belo Horizonte estava se passando por ela. Estava exercendo todos os atos da vida civil, como se fosse aquele indivíduo de São Sebastião do Paraíso, inclusive, utilizando documentação falsa, sendo processado na Justiça do Trabalho", detalhou um delegado responsável pela operação, ilustrando a audácia dos criminosos.


O intrincado esquema de fraude



Conforme apurado pela Polícia Civil, a organização criminosa possuía uma estrutura bem definida, com um coordenador que fazia a ponte entre os falsificadores de documentos, os estelionatários e os gerentes de banco envolvidos.

O modus operandi era engenhoso:

"Funcionava assim: o gerente, já sabendo da fraude, levantava no seu sistema alguns CPFs e CNPJs de score mais alto, ou seja, aqueles mais rentáveis. E ele mandava uma lista para o coordenador da organização criminosa", explicou a autoridade policial.

Em seguida, o coordenador repassava esses dados a um falsificador de documentos, que produzia cédulas de identidade e CNH com os CPFs das vítimas, sem que elas tivessem conhecimento. Outros estelionatários forneciam suas fotografias e assinaturas falsificadas para serem inseridas nesses documentos fraudulentos.


Com a documentação falsa em mãos, os criminosos conseguiam abrir contas em nome de nove das vítimas e, posteriormente, efetuar empréstimos de valores vultosos. "Chegamos a identificar, por exemplo, uma conta bancária de uma instituição financeira em que eles fizeram um empréstimo de meio milhão de reais", destacou o delegado.


A PCMG informou que alguns dos suspeitos chegaram a confessar sua participação no esquema durante os interrogatórios. A polícia suspeita que existam ainda mais vítimas a serem identificadas e as investigações prosseguem para desvendar todos os detalhes e ramificações da organização criminosa.



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