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Onda de calor bate recordes em MG e especialista prevê mais episódios até fevereiro de 2024

De acordo com especialistas, o fenômeno deve afetar uma grande parte do território nacional.



Uma intensa onda de calor atingiu o estado de Minas Gerais nos últimos dias, estabelecendo recordes de temperatura. Os termômetros chegaram a marcar impressionantes 44,8°C, estabelecendo o novo recorde de dia mais quente registrado no país. No entanto, a chegada da chuva no último domingo (19) trouxe alívio aos mineiros. Apesar disso, engana-se quem pensa que esse será o último episódio de calor acima da média neste ano. De acordo com especialistas, é estimado que o fenômeno afete grande parte do país até fevereiro.


"Novas ondas de calor vão ocorrer nos próximos meses, não só em Minas como em todo o Brasil. Desde agosto, o El Ninõ a temperatura da água do oceano pacífico está em 28ºC, com anomalia de 3ºC graus acima do normal. Isso deve ocorrer até o mês de fevereiro. Ainda não é possível estimar se a temperatura vai aumentar ainda mais”, aponta o professor de climatologia do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais (IFMG), Fúlvio Cupolillo.

O especialista explica que a onda de calor é comum em anos em que o El Ninõ está ativo, pois esse fenômeno causa um aumento nas temperaturas das águas do Oceano Pacífico e resulta em uma seca extrema em grande parte do país. Em Minas Gerais, esse fenômeno provoca temperaturas acima da média e baixa umidade do ar. Segundo o especialista, com a persistência do El Ninõ nos últimos meses, espera-se que ele atinja seu ápice em dezembro, coincidindo com a chegada do verão e contribuindo para novas ondas de calor. "Em dezembro, a temperatura pode aumentar, principalmente com a chegada do verão, então devemos esperar alguns dias de calor intenso", avalia Cupolillo.


Cupolillo afirma que uma onda de calor é caracterizada quando a temperatura fica 5°C acima da média. No entanto, ele ressalta que esse fenômeno ocorre em períodos de três a quatro dias consecutivos a cada mês. Com base nisso, ele prevê que o estado de Minas Gerais enfrentará três períodos de calor até fevereiro, quando o El Ninõ começará a perder sua força. "Durante o mês de janeiro o cenário se repete e podemos ter dias quentes como aconteceu agora em novembro. Isso dura cerca de três a quatro dias consecutivos. Em fevereiro temos o veranico, que é um período seco dentro da estação chuvosa. Se uma onda de calor coincidir com o período de ocorrência do veranico aí a situação piora”, alerta o especialista.


Para aqueles que não apreciam as altas temperaturas causadas pelo El Ninõ, o professor do IFMG informa que o fim desse fenômeno já está previsto. “Historicamente o El Ninõ deixa de atuar entre o final de março e o final de abril. E é em março que a meteorologia começa a ter evidências para projetar se no próximo ano teremos atuação de El Ninõ ou de outros fenômenos, como a La Ninã”, revela.

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