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Rio de Janeiro: O Dia Depois do 'Estado de Guerra'

64 Mortos e Corpos em Praça Pública: A Megaoperação Mais Letal da História do RJ Expõe a Crise de Segurança e Aprofunda o Confronto Político-Federal.


Imagem: Jose Lucen/Estadão
Imagem: Jose Lucen/Estadão

O Rio de Janeiro viveu, nesta terça-feira, um dia de terror e caos que remeteu a cenas de guerra urbana e consolidou a operação policial mais letal da história do estado. Cerca de 2.500 agentes das forças de segurança realizaram uma ofensiva nos complexos do Alemão e da Penha contra o Comando Vermelho (CV), uma facção criminosa com tentáculos em 25 estados, atuando em formato de "franquia" para a compra conjunta de armas e drogas.


O saldo é assustador: números oficiais contabilizam 64 mortos (incluindo 4 policiais), mas os números finais devem passar de 100; 81 presos – entre eles o braço direito de uma das principais lideranças do CV – e 90 fuzis apreendidos. A reação dos criminosos foi de extrema violência, com intensos tiroteios, barricadas incendiadas e o inusitado e perigoso uso de drones para lançar bombas, um cenário de pesadelo que se assemelha à ficção de "Tropa de Elite 2".


⚠️ A Imagem da Desolação: Corpos na Praça e o Clima de Tensão


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Nesta quarta-feira, 29/10, o Rio amanheceu com a sombra da tragédia. A comoção atingiu um novo e dramático pico no Complexo da Penha, onde moradores levaram pelo menos 50 corpos retirados de áreas de mata para a Praça São Lucas, em um ato desesperado para facilitar o reconhecimento por familiares. A cena de dezenas de corpos dispostos lado a lado, cercados por parentes em busca de seus entes, chocou o país e levanta questionamentos sobre a contagem oficial das vítimas.


A capital fluminense sentiu o impacto da violência generalizada: escolas e universidades suspenderam aulas, comércios fecharam mais cedo e as ruas ficaram desertas, em um reflexo direto do "Estado de Guerra" declarado pelo secretário de Segurança.


⚔️ O Confronto Político Aquece a Eleição


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A megaoperação, batizada de “Contenção”, rapidamente se tornou um campo de batalha político. O governador do Rio, Cláudio Castro (PL), aproveitou o momento para criticar abertamente o governo federal, alegando que o estado atua "sozinho" no combate ao crime e que o governo Lula negou três pedidos anteriores de auxílio das Forças Armadas. Castro solicitou, ainda, 10 vagas em presídios federais para transferir lideranças.


O Ministério da Justiça, por sua vez, rebateu as acusações, afirmando ter atendido todos os 11 pedidos de renovação para atuação da Força Nacional e classificando a postura de Castro como uma "tentativa de transferir responsabilidades e politizar o assunto".


No Congresso, a tensão deve acelerar a votação da PEC da Segurança Pública, uma proposta que sofre críticas de governadores de direita, incluindo Castro, por supostamente centralizar o controle da segurança na União.


Tudo isso acontece em um momento crucial: às vésperas de um ano eleitoral, a segurança pública se consolida como pauta de extremo interesse social, prometendo intensificar o debate e a disputa política nos próximos meses.

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