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Uma serra no coração de Minas Gerais

Espinhaço, riquezas naturais e históricas e retomada econômica do Estado


Cachoeira do Tabuleiro, mais um espetáculo da gigante Serra do Espinhaço


A serra do Espinhaço é considerada por geólogos como a única cordilheira brasileira e uma das mais antigas formações das Américas. Por sua diversidade e recursos naturais abundantes, ela foi declarada pela Unesco como a sétima Reserva da Biosfera do Brasil, em 2005.


Com mais de 1.200 quilômetros de extensão, a serra do Espinhaço é patrimônio maior de nossa mineiridade.


Foi em sua cadeia de montanhas que foram descobertas as primeiras jazidas que deram início à colonização de nosso Estado. É nela que se encontra as cidades que reúnem o maior conjunto de arte Barroca do Brasil.


Aos seus pés, Minas Gerais nasceu e floresceu. A Bahia ganhou parte de sua história com a descoberta de diamantes em sua outra extremidade, na também cinematográfica Chapada Diamantina, cenário de incontáveis filmes, comerciais e novelas brasileiras.


O maciço do Espinhaço é sinônimo de riquezas, são três os biomas contidos nele: a Caatinga, o Cerrado e a Mata Atlântica. É importante ressaltar que na serra do Espinhaço se encontra a maior diversidade biológica do Brasil. Mais da metade das espécies de animais e plantas ameaçados de extinção em Minas Gerais ainda podem ser encontrados lá.


Especificamente na serra do Cipó, batizada de “Jardim do Brasil” pelo paisagista Burle Marx, se encontra o maior número de espécies endêmicas da flora brasileira. São mais de 1.700 espécies registradas. Entre elas há orquídeas, cactáceas e diferentes exemplares de plantas carnívoras. A fauna conta com grande variedade de insetos, anfíbios, pássaros, mamíferos e répteis.


Hoje o Espinhaço tem contribuição vital para o abastecimento de água em nossas cidades e das grandes bacias hidrográficas brasileiras. São milhares de nascentes abastecendo as bacias dos rios São Francisco e Doce, permitindo assim a recarga hídrica de rios que sofrem diariamente com a poluição dos grandes centros urbanos e o assoreamento.


Se formos considerar apenas o rio Doce, são as águas do rio Santo Antônio, que nasce no município de Conceição do Mato Dentro, na parte meridional do Espinhaço, que permitem sua renovação diária. Santo Antônio é berçário natural de peixes que povoam o rio Doce.


No período pós-pandemia mundial, a serra do Espinhaço será fundamental para a retomada do turismo doméstico em Minas Gerais. Isso já está acontecendo de forma espontânea nos destinos turísticos ao entorno de Belo Horizonte, compreendidos principalmente pelos circuitos do Ouro e da serra do Cipó. Espinha dorsal da Estrada Real, a importância econômica da serra do Espinhaço é incomensurável.


Ela atravessa os séculos, as gerações e vai desde a mineração histórica e do quadrilátero ferrífero, até o turismo em todas suas dimensões: cultural, natural, religiosa, gastronômica, social, arquitetônica, histórica, de vivências e de aventuras.


É com a divulgação e valorização permanentes dessas riquezas, em ação conjunta do Instituto Estrada Real e a Fiemg, as cidades históricas e suas comunidades locais, os Circuitos Turísticos implantados ao logo da Serra do Espinhaço e a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo que vamos superar mais uma crise de proporções mundiais.


Com a divulgação desses destinos e atrativos, vamos, sobretudo, promover o desenvolvimento regional, levando oportunidades e perspectivas para o crescimento de toda uma extensa cadeia produtiva, irmanada pelo turismo doméstico, que já está mapeada nesta parte abençoada de Minas Gerais.


Por: Zé Fernando - Prefeito de Conceição do Mato Dentro

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