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Cerveja suspeita de provocar morte em BH será recolhida



Após a Polícia Civil de Minas Gerais tornar público os laudos periciais que apontaram a presença de uma substância tóxica em amostras da cerveja pilsen Belorizontina, da fabricante mineira Backer, como provável causa da intoxicação de ao menos oito pessoas, a Secretaria de Saúde de Belo Horizonte colocou à disposição da população da capital mineira nove pontos de recolhimento do produto.


A Backer também se dispôs a receber os vasilhames da cerveja, mesmo que de outros lotes além dos dois sob suspeita das autoridades policiais e sanitárias. Os dois lotes em cujas amostras foram identificadas a presença da substância dietilenoglicol são os L1-1348 e L2-1348.


Caso desejem devolver qualquer garrafa de Belorizontina que tenham guardada em casa, os consumidores devem procurar o estabelecimento comercial onde a compraram a partir da próxima segunda-feira (13), levando consigo o cupom fiscal. A cervejaria promete que o cliente será ressarcido no momento da devolução.

A cervejaria não soube informar se parte dos dois lotes podem ter sido vendidos para outras regiões.


Histórico

Uma pessoa morreu e sete foram internadas em hospitais da região metropolitana de Belo Horizonte e de Juiz de Fora desde que os primeiros casos da doença começaram a ser registrados, no último dia 30. Todos os pacientes apresentavam insuficiência renal aguda e alterações neurológicas centrais e periféricas, o que levou a Secretaria Estadual de Saúde a classificar os episódios como uma “síndrome nefroneural”. Um nono caso foi descartado pelo fato de não apresentar os mesmos sintomas dos demais e por sofrer de doença renal prévia.


Ontem (9), a Polícia Civil informou que a contaminação de lotes da Belorizontina por dietilenoglicol pode ser a causa da repentina síndrome. Segundo o superintendente de Polícia Técnico-Científica da Polícia Civil, Thales Bittencourt, os exames laboratoriais foram realizados com amostras do produto encontradas nas residências dos pacientes internados. O resultado, no entanto, é preliminar, não sendo possível, até o momento, afirmar como a substância pode ter contaminado as bebidas.


Em nota, a Backer garantiu que o dietilenoglicol não faz parte de nenhuma etapa do processo de fabricação de seus produtos. A cervejaria disse que colabora com as autoridades e tem todo o interesse em esclarecer os fatos.


Em um áudio divulgado pelas redes sociais, o presidente da Associação Brasileira de Cerveja Artesanal (Abracerva), Carlo Lapolli, disse que a substância raramente é usada na produção de cervejas e que, embora a decisão de recolher os produtos da marca seja acertada, é preciso aguardar pelo aprofundamento das investigações.

“Há algumas perguntas que teremos que aguardar para ver respondidas. Acho que temos que aprofundar a investigação e realmente saber a origem desta contaminação, a causa desta síndrome e se, realmente, ela está ligada ao dietilenoglicol e não a nenhum outro tipo de agente [contaminante] externo”, disse Lapolli. (Por: Agência Brasil)

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