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Construção de um terminal de cargas em Ibiá é tema de debate em audiência pública na ALMG

Propostas para a construção de um novo Distrito Industrial e de um anel-viário na cidade também foram apresentados na reunião.


Imagem: Facebook/Reprodução


Em audiência pública realizada na última quinta-feira (16/9), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), em Belo Horizonte, foi discutida a necessidade de investir e expandir a malha ferroviária de Minas Gerais, tornando-a uma alternativa logística para escoamento da produção agrícola com maior potencial e transporte de passageiros.


Vale ressaltar que a ferrovia é importante para o transporte de passageiros porque pode estimular o turismo regional, promover a mobilidade, diminuir o tempo de deslocamento e diminuir o risco de acidentes.


O requerimento aprovado (RQC 9868/2021), de autoria do deputado Bosco, deu origem ao encontro. Além do autor do requerimento, participaram da reunião os empresários José Maria de Oliveira, do setor cafeeiro, Emílio Dias e João Batista, da Nativa Fertilizantes, que destacaram seus sonhos e necessidades de fornecer transporte ferroviário para a região, o presidente da Câmara de Ibiá, Alan Correia, os vereadores de Ibiá, Paulo José da Silva Filho e Fernando Arthur e do ex-vereador e liderança política de Ibiá, Gillianno Mamão.


Durante a reunião a superintendente de Transporte Ferroviário da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra), Vânia Silveira de Pádua Cardoso, destacou que o momento para o desenvolvimento do modal ferroviário no Estado e no Brasil é único.


“Hoje assistimos a uma retomada ferroviária, o que se deve muito em Minas ao trabalho dessa comissão”, comentou Vânia.


O vereador de Ibiá Paulo José da Silva Filho, disse que é possível gerar ainda mais desenvolvimento para a cidade e região por meio da implantação de um modal ferroviário.


O Governo de Minas deve contratar, ainda neste ano, ainda neste ano, empresa para a elaboração dos estudos de viabilidade para a implantação de um terminal de cargas na cidade de Ibiá.


O deputado Bosco destacou que a região tem potencial e necessidade de investir no modal ferroviário no Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba.


“Precisamos voltar os olhos para o Alto Paranaíba e o Triângulo Mineiro, que são celeiros na produção do agronegócio, dotando essa região de um modal ferroviário para escoamento da produção”, afirmou Bosco.

Para o diretor de Atração de Investimentos do Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais (Indi), Ronaldo Barquette, o momento é realmente oportuno para o desenvolvimento do modal na região do Alto Paranaíba e Triângulo Mineiro. Ele destacou aspectos como boa localização, economia pujante, grandes empresas instaladas, mercado consumidor e logística bem trabalhada.


O coordenador de Infraestrutura e Serviços de Transporte Ferroviários de Cargas da Unidade Regional de Minas Gerais da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Aurélio Ferreira Braga, salientou que a agência está atenta a todos os estudos e propostas apresentadas e que apóia o desenvolvimento do setor ferroviário.


O gerente-geral de Relações Institucionais da empresa VLI, José Geraldo Azevedo, afirmou durante a reunião que a empresa tem interesse em implantar novo trecho ferroviário para transporte de cargas entre Uberlândia e Chaveslândia, no Triângulo Mineiro. Ele destacou que o potencial de carga no trecho do Triângulo Mineiro a partir de Uberlândia foi identificado no Plano Estratégico Ferroviário e a empresa já manifestou interesse na implantação do segmento. Entretanto, ainda não há previsão para início de obras. Ele afirmou que Ibiá tem vocação ferroviária antiga e que tem conhecimento da demanda por um terminal de cargas.


“Precisamos, no momento, de um estudo de demanda mais detalhado, de verificar a matriz de carga e observar o real potencial de cargas para, a partir daí, construirmos uma solução logística para a região”, esclareceu José Geraldo Azevedo.

Como médico e fazendeiro na cidade de Ibiá, Lincoln Lopes Ferreira, fez uma palestra durante a reunião, demonstrando o potencial de Ibiá. Ele destacou que existem 1.056.538 terras cultiváveis ​​no Alto Paranaíba, com uma produção agrícola média anual de mais de 3 milhões de toneladas.


Além disso, o produtor destacou que a produção anual de fertilizantes químicos na região é de 880 mil toneladas e destacou o potencial da indústria de mineração.


“Temos fosfato em Araxá, Tapira, Patrocínio e Serra do Salitre. Temos também a maior mina de nióbio do mundo, situada em Araxá. Além disso, o pó de rocha em Uberlândia, Tiros, São Gotardo, Coromandel e Uberaba”, manifestou Lincoln.

Lincoln Lopes explicou que o terminal multimodal conectado diretamente ao porto por rodovia ou ferrovia também servirá como um centro de transbordo de carga do mar para o interior.


A proposta inicial é que o ramal de carga entre Uberlândia e Chaveslândia tenha 235 quilômetros de extensão, com investimento estimado em 2,7 bilhões de reais. Esse segmento faz parte do Plano Estratégico da Estrada de Ferro do Estado de Minas Gerais, entregue ao Governo Federal em julho deste ano, para promover o investimento da iniciativa privada na construção e modernização das ferrovias do estado. A autorização para explorar esses trechos é baseada no novo Marco Legal Ferroviário.


O plano também inclui dez rotas regionais de trens de passageiros elegíveis para implantação em Minas Gerais. Uma das propostas atenderia a cidade de Uberaba, com extensão total de 503 quilômetros, passando por oito estações: Uberlândia, Uberaba, Ponte Nova, Santa Juliana, Araxá, Ibiá e Campos Altos. Até o momento, o projeto não tem posicionamento em relação a trens de passageiros.


Outras demandas também foram apresentadas pelos empresários e produtores para serem implantadas em Ibiá, como a construção do novo Distrito Industrial e de um anel-viário.


A audiência foi presidida pelo deputado estadual João Leite, presidente da Comissão Extraordinário Pró-Ferrovias da ALMG.

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