EUA oficializa tarifas de 50% sobre produtos brasileiros; medida deve impactar preços e economia no Brasil
- ibiaemfoco
- 30 de jul.
- 2 min de leitura
Decreto assinado por Donald Trump eleva impostos sobre exportações do Brasil e pode desvalorizar o real, encarecer combustíveis, alimentos e eletrônicos, além de pressionar a inflação

Nesta quarta-feira (30), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou o decreto que oficializa a imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. A medida, anunciada no início de julho, entra em vigor em sete dias e deve afetar diretamente a economia do Brasil, com reflexos no bolso do consumidor, mesmo para quem não tem relação com exportações.
O governo americano justificou a decisão citando "ações do Brasil que prejudicam empresas dos EUA, a liberdade de expressão de cidadãos americanos e a política externa e economia do país". O texto também menciona "perseguição política, intimidação e censura contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores".
Impactos no dia a dia dos brasileiros
Com a medida, produtos como gasolina e diesel podem ficar mais caros, já que o petróleo e seus derivados são cotados em dólar. Itens importados — como eletrônicos, peças de carro, medicamentos e alimentos — também tendem a subir de preço. Além disso, a redução das exportações para os EUA deve diminuir a entrada de dólares no país, pressionando a desvalorização do real e aumentando a inflação.
Jackson Campos, especialista em comércio exterior, explica que até produtos básicos, como o pão, podem ficar mais caros devido à alta do dólar. "Importamos ferro e ácido fólico, usados na farinha, que vêm da Índia e da China. Tudo sobe, incluindo petróleo e gás", afirma.
Riscos para emprego e desigualdades regionais
Silvio Azevedo, estrategista financeiro, alerta que o "tarifaço" pode agravar desigualdades e afetar empregos em setores exportadores, como café, sucos e carnes.
"A desvalorização do real elevará rapidamente os preços de alimentos e combustíveis, reduzindo o poder de compra das famílias. Empresas exportadoras enfrentarão dificuldades, com risco de demissões em regiões dependentes do comércio com os EUA", disse Azevedo.
Azevedo também destaca que a inflação alta, somada a juros elevados, tornará o crédito mais caro, impactando pequenos negócios e o consumo das famílias.
Com a medida em vigor, os brasileiros devem sentir os efeitos no curto prazo, com aumento generalizado de preços e possíveis ajustes na economia para lidar com os novos desafios comerciais.










































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