Papa Francisco enfrenta infecção respiratória grave e permanece internado em Roma; Vaticano pede orações

Líder religioso, de 88 anos, recebe ajustes no tratamento; internação deve se prolongar, enquanto fiéis expressam apoio e esperança por sua recuperação.

Imagem: Vaticacan Media

O papa Francisco, de 88 anos, continua internado no hospital policlínico Agostino Gemelli, em Roma, desde a última sexta-feira (14/2), com um quadro de saúde descrito como "complexo" pelo Vaticano. Em comunicado divulgado nesta segunda-feira (17/2), a Santa Sé informou que os exames realizados nos últimos dias revelaram uma "infecção polimicrobiana das vias respiratórias", o que exigiu uma nova modificação no tratamento médico do pontífice.

A internação do líder religioso, que já completa quatro dias, ocorreu após ele ser diagnosticado com bronquite, uma condição que tem se repetido em invernos anteriores. Apesar de os exames iniciais indicarem uma melhora em seu estado de saúde, o Vaticano ressaltou a necessidade de "repouso absoluto" para Francisco, cuja agenda intensa tem sido impactada por problemas de saúde nos últimos anos, incluindo dores no quadril e no joelho que o obrigam a usar cadeira de rodas.

No domingo (16/2), o papa assistiu à missa dominical pela televisão em seu quarto de hospital e recebeu a eucaristia, mas não pôde participar pessoalmente da celebração na Basílica de São Pedro nem liderar a tradicional oração do Angelus, realizada na sacada da Praça de São Pedro. Em uma mensagem enviada a um grupo de artistas e personalidades que ele deveria encontrar, Francisco pediu desculpas pela ausência e explicou:

"Eu gostaria de estar entre vocês, mas, como sabem, estou aqui no hospital Gemelli porque ainda preciso tratar minha bronquite".

Durante a missa, o cardeal José Tolentino de Mendonça leu uma homilia escrita pelo papa, na qual Francisco destacou a importância de superar divisões e construir pontes em um mundo marcado por muros e diferenças.

"Vivemos em uma época em que novos muros estão sendo erguidos, em que as diferenças se tornam um pretexto para a divisão, em vez de uma oportunidade para o enriquecimento mútuo", disse o cardeal, reforçando o chamado do pontífice para a união e o diálogo.

A saúde de Francisco tem sido motivo de preocupação para fiéis ao redor do mundo, especialmente diante das expectativas para o Jubileu de 2025, um "Ano Santo" que deve atrair mais de 30 milhões de peregrinos a Roma. Massimo Angelelli, chefe do escritório de saúde da Conferência Episcopal Italiana, destacou a importância de o papa recuperar suas forças para liderar as celebrações. "O Jubileu é longo", afirmou, reforçando a necessidade de cuidados.

Enquanto isso, mensagens de apoio e orações têm sido enviadas por católicos de todo o mundo. Savino Delicio, um operário metalúrgico, expressou sua confiança na recuperação do pontífice:

"Oramos por sua saúde e lhe devolvemos as orações que sempre fez por nós. Não estamos preocupados. Temos esperança de que se recupere logo", expressou Delicio.

A internação prolongada de Francisco marca um momento delicado para a Igreja Católica, que se prepara para um período de grandes eventos religiosos e culturais. Enquanto o mundo aguarda notícias sobre sua recuperação, o papa segue sob cuidados médicos, cercado pelo carinho e pelas preces de milhões de fiéis.