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A Lenda Viva do Cerrado: O Encontro com o Tatu-Canastra Gigante

Atualizado: 16 de mai.

Este encontro reforça a importância da conservação do cerrado, um bioma rico em biodiversidade e histórias fascinantes.

Imagem: Alessandro Abdala/Divulgação.

Em uma manhã cinzenta e chuvosa no Parque Nacional da Serra da Canastra, em Minas Gerais, o fotógrafo Alessandro Abdala e sua equipe vivenciaram um encontro raro e emocionante. Após décadas de buscas e apenas histórias dos moradores locais sobre um tatu-canastra "do tamanho de um fusca", a lenda se tornou realidade.


O Despertar de uma Busca


Durante quase 40 anos, Abdala colecionou relatos e vestígios do que parecia ser um mito. Grandes buracos espalhados pela região eram as únicas evidências da existência do animal. Inúmeras expedições foram realizadas, mas o tatu-canastra gigante permanecia uma sombra inalcançável, até aquele dia memorável.


O Encontro Nebuloso


A monotonia da paisagem era embalada pelo som do motor da Toyota Bandeirante, quando, de repente, uma figura grande e desajeitada emergiu da neblina. "Era como se o próprio cerrado tivesse tomado forma e vindo ao nosso encontro", descreve Abdala. O choque e a surpresa deram lugar à realização de que estavam diante do lendário tatu-canastra.


Momentos de Admiração


Acompanhado pelos guias Luiz Alberto e Afonso Carlos, Abdala conseguiu se aproximar do animal. A emoção do momento era palpável: mãos trêmulas, corações acelerados e a sensação surreal de estar diante de uma criatura tão magnífica. O tatu, descrito como dócil e sereno, permitiu que o grupo o observasse e registrasse sua presença por aproximadamente 20 minutos.


O Gigante do Cerrado


Estima-se que o tatu-canastra gigante pese mais de 30 quilos, um peso notável para um mamífero que normalmente passa despercebido. O grupo teve a oportunidade de capturar a essência do animal através de suas lentes, eternizando o encontro com a lenda viva do cerrado.


Despedida Misteriosa


Como uma aparição, o tatu-canastra desapareceu tão misteriosamente quanto apareceu, deixando para trás um rastro de admiração e respeito. O vento mudou de direção, e com ele, o tatu farejou a presença humana e se retirou, reafirmando seu status mítico.


Este encontro não apenas confirma a existência do tatu-canastra gigante mas também reforça a importância da conservação do cerrado, um bioma rico em biodiversidade e histórias fascinantes. O tatu-canastra, agora mais do que nunca, é um símbolo da natureza selvagem e indomável do Brasil.



Reportagem: Sérgio Cassiano.

Imagens: Alessandro Abdala.

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