Ibiá terá o primeiro museu do país dedicado aos quilombos
- ibiaemfoco
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Projeto pioneiro em Minas Gerais busca preservar a memória e o legado do Quilombo do Ambrósio, considerado o maior de Minas e o segundo do Brasil.

A cidade de Ibiá será palco de uma iniciativa histórica: a inauguração do primeiro museu do Brasil dedicado exclusivamente aos quilombos. O anúncio foi feito pelo prefeito Gilliano Mamão na última quinta-feira (20), Dia da Consciência Negra, com o propósito de preservar a história, a cultura e a ancestralidade para as futuras gerações.
Quilombo do Ambrósio em Foco
A iniciativa destaca o Quilombo do Ambrósio, que existiu no território municipal no século XVIII, e que foi considerado o maior de Minas Gerais e o segundo maior do país (após o Quilombo dos Palmares).
Vestígios da ocupação, incluindo fragmentos de cerâmica e de espiga de milho, foram encontrados em pesquisas nas décadas de 1980 e 1990 sob tutela da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
O sítio arqueológico, que fica a 30 quilômetros do Centro da cidade, é de grande importância histórica, tendo sido tombado pelo Iphan em 2002 e pelo município em 1999. É o único quilombo do país protegido pelo Decreto-lei de 1937.
Retorno do Acervo e Potencial de Pesquisa
O prefeito visitou a UFMG para tratar do projeto. O historiador e arqueólogo Carlos Magno Guimarães, coordenador do Laboratório de Arqueologia da UFMG, acredita que o museu trará grandes benefícios, como a retomada da pesquisa arqueológica no local e o desenvolvimento de ações de educação patrimonial.
Apesar de a decisão caber ao Iphan, há a expectativa de que o patrimônio arqueológico sob custódia da UFMG seja reconduzido a Ibiá com a implantação do museu.
A Fundação Palmares classificou o projeto como pioneiro e fundamental para fortalecer a memória.
Local e Futuro do Museu
O museu será instalado no primeiro prédio público de Ibiá, inaugurado em 1924. O local passa por intervenções para adequação do acervo.

Embora ainda sem data de inauguração, a prefeitura está realizando obras na estrada de acesso ao sítio arqueológico. A intenção é que o espaço se torne um centro de estudos e conhecimento, valorizando o legado de luta, resistência e liberdade de Ambrósio, o "rei sem coroa", e do quilombo, que durou cerca de 20 anos até ser destruído em 1746.










































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