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Mulher é presa por suspeita de envenenar e matar a própria neta de 9 anos

Laudos confirmam presença de pesticida em bolo servido às crianças; menina morreu e irmã sobreviveu. Polícia investiga motivação e possível participação de terceiros.


Imagem: Redes sociais.
Imagem: Redes sociais.

Uma mulher de 59 anos foi presa preventivamente no último sábado (20), em São Francisco, no norte de Minas Gerais, sob suspeita de ter envenenado e matado a própria neta, Alana dos Santos Cardoso Marques, de apenas 9 anos. O crime, que chocou a comunidade local, ocorreu em 23 de julho, mas a prisão só foi efetuada após laudos confirmarem a presença de terbufós — substância altamente tóxica usada em pesticidas — no alimento e no organismo da criança.


Segundo a Polícia Civil, a suspeita estava sozinha em casa com Alana e sua irmã de 11 anos, que também ingeriu o bolo preparado pela avó, mas em menor quantidade. A irmã sobreviveu com sintomas leves. A demora no socorro e o comportamento da avó levantaram suspeitas: após Alana reclamar de mal-estar, a mulher foi tomar banho e arrumar o cabelo, permanecendo no banheiro por cerca de 50 minutos. O socorro só foi acionado quando a irmã mais velha percebeu que a menina estava desfalecida.


Além das crianças, um gato da família também morreu após consumir alimentos no local. O laudo veterinário indicou danos ao fígado, sugerindo intoxicação. A versão inicial da avó — de que todos haviam comido o bolo — foi contradita pela criança sobrevivente, que afirmou que apenas ela e a irmã consumiram o alimento.


A mãe da vítima, Regiane Gonçalves do Santos, está em estado de choque.

“Pra mim é um pesadelo, isso não está acontecendo. Quando caio na realidade, não consigo mais nem sair do quarto, fico o dia inteiro deitada, só pensando em como uma pessoa teve coragem de fazer isso com uma criança?”, desabafou Regiane.

A frieza da avó diante da morte da neta também chamou atenção dos investigadores. Apesar de não resistir à prisão, ela demonstrou saber que poderia ser detida a qualquer momento. Seu advogado afirma que ela colaborou espontaneamente com as investigações, autorizou diligências em sua residência e recebeu com surpresa a prisão preventiva. A defesa sustenta que ela é inocente e que sua liberdade não representa risco à apuração.


A Polícia Civil segue investigando a motivação do crime, a origem do veneno e se há envolvimento de outras pessoas. O inquérito deve ser concluído em até dez dias.

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