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Prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), morre aos 77 anos após longa internação

Economista e gestor público deixa legado de décadas de serviço à capital mineira; velório será restrito à família.




O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), morreu nesta quarta-feira (26), após quase três meses de internação no Hospital Mater Dei, onde lutava contra complicações de saúde decorrentes de um linfoma abdominal e infecções respiratórias. Ele tinha 77 anos e havia sido reeleito em outubro de 2024 para um segundo mandato, consolidando-se como o prefeito de capital mais velho do país. 

 

Natural de Belo Horizonte, Fuad deixa a companheira de 52 anos, Mônica Drummond, primeira-dama da cidade, dois filhos e quatro netos – entre eles Isabela, de 15 anos, a quem chamava carinhosamente de seu "xodó". O velório ocorrerá nesta quinta-feira (27), em cerimônia reservada à família, seguido por enterro sob o mesmo critério. 

 

Trajetória pública e "último cartucho" 



Com 55 anos dedicados ao serviço público, Fuad Noman iniciou a carreira como economista no Banco Central, passando por cargos estratégicos no Governo Federal e em Minas Gerais antes de ingressar na política partidária. Sua ascensão à prefeitura em 2021, como vice de Alexandre Kalil (PSD), foi surpreendente: assumiu o cargo após a renúncia do titular e, em 2024, venceu as eleições como candidato principal, superando a desconfiança inicial dos eleitores com sua imagem afetuosa e discurso pragmático. 

 

Em entrevista ao GLOBO após a vitória, ele definiu o mandato como seu "último cartucho": "Não quero mais cargos. Meu sonho era terminar as obras começadas e entregar uma cidade melhor", afirmou, projetando aposentadoria ao fim do governo, em 2028. Apesar da remissão do câncer anunciada durante a campanha, sua saúde frágil – agravada por pneumonia e neuropatia – o impediu de tomar posse presencialmente em janeiro. 

 

Legado e sucessão 



Em nota, a Prefeitura destacou seu "compromisso com a ética e o bem-estar da população". O vice Álvaro Damião (União Brasil), que assumiu interinamente em janeiro, herdará o cargo definitivamente, conforme prevê a legislação eleitoral. 

 

A morte surpreendeu uma cidade que ainda se adaptava ao estilo metódico de Fuad, contrastante com o perfil de Kalil. Nas redes sociais, lideranças políticas mineiras lamentaram a perda. O ex-governador Aécio Neves (PSDB), que o trouxe para a política em 2006, classificou-o como "um homem público íntegro, cuja ausência deixará um vazio na administração mineira". 

 

Batalha final 


Internado desde 3 de janeiro por insuficiência respiratória, Fuad chegou a sair da UTI, mas sofreu uma parada cardíaca na terça-feira (25). Sua última mensagem pública, lida pelo vice na posse, expressava gratidão aos médicos e otimismo: "Estou pronto para esta nova batalha". A batalha, no entanto, terminou antes do esperado. 

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