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Recorde de frio aciona alerta para os cafeicultores em Minas Gerais

A safra do próximo ano deverá sofrer perdas devido às fortes geadas deste inverno.


A baixa temperatura registrada em algumas regiões de Minas Gerais acendeu a luz de alerta para quem trabalha no cultivo de café. Algumas áreas do estado foram castigadas por fortes geadas nos últimos dias. A cidade de Guaxupé, por exemplo, foi uma das que mais sofreu com a madrugada fria. Em Maria da Fé, situada próximo à Serra da Mantiqueira, bateu o recorde de frio no estado, registrando 5ºC negativos.


Segundo José Donizete, professor e pesquisador da Universidade Federal de Lavras, as geadas dessa semana foram maiores do que as registradas há um mês.


“Essa geada pegou de forma mais homogênea as lavouras das regiões produtoras. O tempo mais frio atingiu todas as plantações com altitude abaixo de 870 metros”, destaca.


De acordo com o pesquisador, ainda é cedo para calcular os danos provocados pelas baixas temperaturas.


“É uma situação preocupante, pois a geada queima as folhas e causa uma desfolha, e, faltando folha para o cafeeiro, vai faltar energia para a produção para o firmamento. É muito cedo para dimensionar os danos com a geada nas lavouras, mas a nossa experiência diz que dada a intensidade do fenômeno nós podemos computar danos significativos para a próxima safra”, ressalta Donizete.

Municípios produtores do Café Arábica, de Alta Mogiana e sudoeste de Minas Gerais, sofreram com geadas e baixas temperaturas no início deste mês. Segundo representantes de produtores nessas regiões, o fenômeno climático resultará em perdas para a safra do próximo ano.


O presidente do Sindicato Rural de Ibiraci, no Sul de Minas, Anivair Teles Rodrigues, disse em entrevista à Reuters, que a forte geada deste ano atingiu cerca de 10% das lavouras de café, deixando-as com folhas queimadas.


“A lavoura ficou preta. Pegou entre 1.500 e 2.000 hectares no município de Ibiraci. Mas o impacto para a próxima safra vai ser maior do que isso, vai abortar muita gema floral”, disse Anivair.


Ele explicou que, além daquelas lavouras queimadas pelas geadas, outras que foram afetadas apenas pelas temperaturas baixas produzirão menos em 2022, uma vez que as floradas para os frutos do ano que vem serão prejudicadas.


“Frio abaixo de 10 graus queima a gema floral, ainda não floriu, mas a gema floral já está formada”, comentou.


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