Pais do garoto registrou queixa na Delegacia da Família de Uberaba. Prefeitura vai apurar o caso.
Um vídeo publicado nas redes sociais (veja no final da matéria), que mostra uma funcionária de um Centro Municipal de Educação Infantil (Cemei) de Uberaba, no Triângulo Mineiro, jogando um balde de água fria na cabeça de um menino, de 5 anos, com autismo e estava aos prantos, causou indignação e revolta. A situação foi registrada na tarde de segunda-feira (19), e está sendo apurada pela Prefeitura.
A família da criança registrou um boletim de ocorrência na Polícia Militar (PM) como maus tratos. Já a funcionária da escola prestou depoimento ao delegado de plantão de Polícia Civil (PC) e liberada.
Segundo informações da Polícia Militar (PM), o vídeo foi gravado por uma testemunha, que em seguida mostrou as imagens para a mãe do garoto. Ela disse que há vários dias ouve um choro vindo da escola, que parece ser sempre da mesma criança. Em depoimento na polícia, a funcionária disse que o menino estava em crise e que estava dando banho nele para acalmá-lo.
Pelas redes sociais o pai da criança, Ney Lúcio, relatou tristeza e muita revolta.
“Eu quero justiça para que isso não ocorra com os filhos de outras famílias; é muito triste isso (...) e a justiça vai ser feita, tenho certeza”, escreveu Ney Lúcio.
Ney contou aos militares que só ficou sabendo do caso após a ex-mulher, mãe do menino, mostrar o vídeo para ele. Em seguida, ele voltou para o Cemei e mostrou as imagens para a diretora, que prometeu averiguar o ocorrido.
Conforme Taciana Alves Ferreira, advogada da família da criança, foi instaurado um inquérito policial e a Delegacia da Família de Uberaba vai investigar o caso. “E vamos chegar ao êxito da justiça”, garantiu Taciana.
A funcionária disse à PM que o menino estava bastante agitado e, em crise, se recusou a deitar no momento de dormir. Ela deitou com a criança na tentativa de acalmá-lo, mas não obteve êxito. A mulher também enfatizou que nunca, e sob nenhuma circunstância, faria ou teria feito algo para prejudicar a criança. A mulher disse ainda que a criança fez xixi na roupa e não havia troca na mochila. Ela ainda afirmou que levou a criança para a área externa da escola para dar banho nele e acalmá-lo. Ela explicou que não dá banho nele no banheiro, pois tem medo que ele entre em crise, quebre o vidro do box e fique ferido de forma mais grave.
O secretário Municipal de Educação, Celso Neto, disse por meio das redes sociais que o caso está sendo apurado por ele e sua equipe.
