Contaminação por metanol expõe crise no mercado de bebidas em Minas Gerais
- ibiaemfoco
- 3 de out.
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Com mais de 50% da produção vinda de alambiques clandestinos, Minas Gerais enfrenta ameaça à saúde pública, retração econômica e pressão por fiscalização rigorosa após casos de intoxicação em São Paulo.

A recente onda de intoxicações por metanol em São Paulo acendeu um sinal vermelho em todo o Brasil, especialmente em Minas Gerais — líder nacional na produção de cachaça e também no mercado clandestino de alambiques. Segundo Mário Marques, presidente do SindBebidas, mais da metade das cachaças consumidas no estado ainda são provenientes de produtores irregulares, o que compromete a segurança do consumidor e mina a confiança na indústria formal.
A ausência de fiscalização efetiva e punições severas permite que comerciantes de bebidas ilegais atuem impunemente, gerando concorrência desleal e risco sanitário. O setor, já fragilizado por um desempenho econômico tímido em 2025, revisou suas projeções de crescimento e teme uma crise ainda maior se medidas urgentes não forem tomadas.
Em resposta, o mercado mineiro começa a se mobilizar junto a prefeituras para reforçar a fiscalização e orientar o consumidor a buscar produtos com nota fiscal e selo do IPI. A expectativa é que órgãos como a Vigilância Sanitária, o Ministério Público e o Mapa se unam em uma força-tarefa com o mesmo rigor aplicado ao combate ao crime organizado.
Enquanto isso, a queda na venda de cervejas — agravada pelo inverno prolongado — preocupa o setor. A aposta para reverter o cenário está nas bebidas mistas, que vêm ganhando espaço entre os jovens e prometem aquecer as vendas com a chegada da primavera e das festas de fim de ano.










































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