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Governo de Minas prepara protocolo de lockdown no estado

O governador, porém, descartou um fechamento total do Estado, dizendo que as ações mais duras deverão ocorrer localmente.



Com a ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em Minas Gerais em 90,36% e dos clínicos em 74,57%, a possibilidade de cidades mineiras adotarem o chamado lockdown é grande.


O governador Romeu Zema (Novo) não descarta a adoção de medidas extremas de distanciamento social para o combate à pandemia do novo coronavírus em algumas regiões do Estado.


Entidades representativas de diversos setores produtivos de Minas Gerais avaliam a possibilidade de lockdown em diferentes regiões do Estado com preocupação. Mas são unânimes ao clamar pela união de esforços entre os gestores municipais e estaduais, iniciativa privada e população na continuidade do combate à pandemia.


Os dados do boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) são alarmantes e mostram que os leitos de UTI específicos para Covid-19 estão com taxa de ocupação de 16,28%, e os leitos clínicos para coronavírus, 10,90%. Em relação ao número de óbitos, Minas soma 31.343 casos e 771 óbitos pela doença.


Inclusive, o corpo técnico do Centro de Operações de Emergência em Saúde fez um alerta para o esgotamento dos leitos de UTI da rede pública do Estado.


Neste sentido, o governador Romeu Zema (Novo) alertou para a possível necessidade de medidas mais drásticas no distanciamento social em determinadas regiões mineiras. Ele também anunciou a obrigatoriedade do uso de máscaras nos 853 municípios e a atuação da Polícia Militar (PM) na abordagem de pessoas que, porventura, descumpram as orientações.

“A Polícia não vai prender nem multar ninguém, mas vai orientar quem estiver sem máscara e quem estiver promovendo aglomerações. Minas Gerais está conduzindo bem o controle da pandemia, e somos o segundo estado brasileiro com melhor desempenho no que diz respeito a óbitos por 100 mil habitantes. Mas não dá para facilitar neste momento”, disse em pronunciamento ao vivo nas redes sociais.


Fechamento total

O governador, porém, descartou um fechamento total do Estado, dizendo que as ações mais duras deverão ocorrer localmente.

“Os índices são avaliados pontualmente e depende da situação de cada região. O Estado ainda tem uma margem de segurança, por isso, o fechamento total dificilmente irá acontecer, mas localmente sim. Os prefeitos estão sendo orientados a fazer o mais seguro para a população”, explicou.


Unidades disponíveis

O secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, por sua vez, detalhou que as 14 macrorregiões de saúde de Minas Gerais estão sendo acompanhadas e que, atualmente, 11 já possuem orientação para funcionamento apenas dos serviços essenciais.


Ele justificou que, o aumento da demanda por leitos está acontecendo, mas que ainda há unidades disponíveis em todas elas. O que justifica também a não abertura do Hospital de Campanha montado no Expominas, na região Oeste de Belo Horizonte.

“O hospital está preparado para abrir conforme a demanda, que ainda é muito pequena, justamente porque ainda temos leitos na região Central. Mas vamos deixá-lo operacional e preparado para abertura”, garantiu.


Momento certo

Romeu Zema completou que o governo está acompanhando e vai ter o momento certo de fazer a ativação do hospital. “Os leitos são leitos de baixa complexidade e os hospitais convencionais possuem boa quantidade deste tipo de unidades disponível. Sem contar que eles têm uma série de serviços adicionais que o de campanha não tem”, argumentou.


Por: Mara Bianchetti

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