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Polícia Federal desarticula esquema de corrupção e crimes ambientais em Minas Gerais

Operação Rejeito mira organização criminosa que explorava ilegalmente minério de ferro com prejuízo bilionário e risco de desastres ambientais.


Imagem: Polícia Federal
Imagem: Polícia Federal

A Polícia Federal deflagrou a Operação Rejeito nesta quarta-feira, 17 de setembro, para desarticular uma grande organização criminosa suspeita de cometer crimes ambientais, corrupção e lavagem de dinheiro em Minas Gerais. A ação, realizada em conjunto com a Controladoria-Geral da União, o Ministério Público Federal e a Receita Federal, cumpriu 79 mandados de busca e apreensão e 22 mandados de prisão preventiva.


O grupo é investigado por corromper servidores de diversos órgãos estaduais e federais de fiscalização e mineração para obter licenças ambientais fraudulentas. Com essas autorizações ilegais, a organização explorava minério de ferro em larga escala, inclusive em locais tombados e próximos a áreas de preservação, gerando graves danos ambientais e colocando em risco a vida de comunidades.


Um esquema de corrupção com tentáculos no governo


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A investigação da Polícia Federal revelou que a organização criminosa agia para neutralizar a fiscalização do Estado, monitorando autoridades e dificultando as investigações. O esquema, que atuava há pelo menos cinco anos, teria gerado um lucro de pelo menos R$ 1,5 bilhão. A PF também identificou projetos em andamento do grupo com potencial econômico superior a R$ 18 bilhões.


Em resposta à operação, o Governo de Minas Gerais, através do Diário Oficial, publicou a exoneração de servidores do Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema) implicados na investigação. Entre os exonerados estão o diretor da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), Arthur Ferreira Rezende Delfim, e o diretor-geral do Instituto Estadual de Florestas (IEF), Breno Esteves Lasmar. Ambos foram alvos de mandados de busca e apreensão e prisão.


O governo do estado afirmou em nota que não compactua com desvios de conduta e que está tomando todas as medidas administrativas cabíveis, colaborando com a Polícia Federal e as demais autoridades para a devida apuração dos fatos e a punição dos responsáveis.


Os envolvidos na Operação Rejeito poderão responder por uma série de crimes, incluindo crimes ambientais, usurpação de bens da União, corrupção ativa e passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e obstrução de investigação.



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