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Tarifas americanas contra o Brasil entram em vigor em 1º de agosto, confirma Casa Branca

Medida, parte da estratégia de retaliação política de Trump, atinge 50% das exportações brasileiras e intensifica tensões comerciais e diplomáticas.


Imagem ilustrativa gerada a partir da IA.
Imagem ilustrativa gerada a partir da IA.

A Casa Branca confirmou neste domingo (27/7) que as tarifas impostas pelos Estados Unidos ao Brasil começarão a valer em 1º de agosto, sem prorrogações. O anúncio foi feito pelo secretário de Comércio norte-americano, Howard Lutnick, durante entrevista à Fox News e divulgado nas redes sociais. A medida impõe uma tarifa de 50% sobre todas as exportações brasileiras, sendo o Brasil o país mais afetado entre os 25 alvos da nova política comercial americana.


Lutnick foi enfático ao afirmar que "em 1º de agosto, as tarifas serão definidas. Elas entrarão em vigor. A alfândega começará a arrecadar o dinheiro". A ação integra a estratégia do presidente Donald Trump de pressionar nações consideradas "injustas" nas relações comerciais com os EUA, embora dados apontem que o Brasil acumule déficits comerciais com os Estados Unidos desde 2009, com um saldo negativo de US$ 88,61 bilhões.


Retaliação Política e Críticas ao Brasil


A tensão comercial se intensificou em 9 de julho, quando Trump enviou uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comunicando a aplicação da tarifa. As razões apresentadas por Trump incluem críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro por supostas "ordens de censura SECRETAS e ILEGAIS" contra plataformas de redes sociais americanas, em referência à atuação do ministro Alexandre de Moraes. O ex-presidente Jair Bolsonaro, apoiado por Trump, também foi mencionado como vítima de uma "caça às bruxas".


A revista The Economist classificou a medida como uma "chocante agressão de Trump ao Brasil" e uma das maiores interferências na América Latina desde a Guerra Fria. O presidente Lula, por sua vez, tem se manifestado de forma crítica, afirmando que Trump "não foi eleito para ser o imperador do mundo".


Outros Países Afetados e Perspectivas de Negociação


Além do Brasil, outros 24 países foram incluídos na lista de tarifas de Trump, com percentuais variando entre 20% e 40%. Entre eles estão África do Sul, União Europeia, Japão, Canadá e México.


Apesar da postura firme, Lutnick afirmou que Trump está disposto a ouvir aliados.


"As pessoas ainda poderão falar com o presidente Trump. Ele está sempre disposto a ouvir. Se elas poderão fazê-lo feliz ou não é outra questão... Mas ele está sempre disposto a negociar", declarou.

A União Europeia, por exemplo, foi citada como uma possível exceção caso aceite abrir seus mercados a produtos americanos.


Reação Brasileira e Próximos Passos


Desde o anúncio, o governo brasileiro tem discutido possíveis formas de reação. Reuniões com empresários e diplomatas estão sendo conduzidas pelo Ministério das Relações Exteriores e pela equipe econômica. A retaliação comercial, caso adotada, dependerá da evolução do cenário diplomático nas próximas semanas. Por enquanto, a pressão americana já tem data para entrar em vigor e um alvo definido.

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