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Triângulo Mineiro pode se tornar maior polo de bioenergia do Brasil

Com investimentos milionários e tecnologia de ponta, região se transforma em epicentro da bioenergia nacional, apostando no biometano como arma estratégica contra a crise climática e a dependência de combustíveis fósseis.


Bioenergética Aroeira. Imagem: SIAMIG
Bioenergética Aroeira. Imagem: SIAMIG

O Triângulo Mineiro está em processo de consolidação como um dos principais polos de bioenergia do país. A afirmação é do presidente da Associação da Indústria da Bioenergia e do Açúcar de Minas Gerais (SIAMIG Bioenergia), Mário Campos, que destaca o avanço da região na produção de biometano como alternativa estratégica na transição energética.


Segundo Campos, a região já conta com usinas modernas, grupos econômicos sólidos e uma produção eficiente de etanol e açúcar. Agora, o foco se volta para o biometano, combustível renovável gerado a partir de resíduos da cana-de-açúcar, como vinhaça e torta de filtro. O gás pode ser utilizado tanto no transporte quanto na geração de energia elétrica, contribuindo para a redução da dependência de fontes fósseis.


A usina Aroeira, localizada em Tupaciguara, já iniciou a produção de biometano. Em Uberaba, a usina Vale do Tijuco, do grupo Companhia Mineira de Açúcar e Álcool (CMAA), deve começar a operar em breve, após receber investimento de R$ 200 milhões.


Um dos principais usos previstos para o biometano é na substituição do óleo diesel na frota agrícola. Tratores, colhedoras e caminhões pesados poderão ser adaptados para o novo combustível, promovendo economia e redução nas emissões de gases de efeito estufa. De acordo com Campos, testes já estão em andamento e a aplicação prática está próxima de se tornar realidade.


Além do setor agrícola, o biometano também pode ser utilizado no transporte urbano. Cidades como São Paulo já anunciaram a aquisição de ônibus movidos a esse combustível, e a expectativa é que municípios do Triângulo Mineiro sigam o mesmo caminho. Campos ressalta que a região possui produção local, tecnologia e demanda, o que favorece sua consolidação como referência nacional em energia limpa.


Outro potencial do biometano está na produção de fertilizantes verdes, como ureia e amônia, que podem ser fabricados a partir do gás renovável. Essa alternativa contribui para a redução da pegada de carbono na agricultura e diminui a dependência de insumos importados.

Modelo de usina moderna de bioenergia
Modelo de usina moderna de bioenergia

Com esses avanços, o Triângulo Mineiro reúne condições favoráveis para liderar o desenvolvimento da bioenergia no Brasil, mantendo sua relevância na produção tradicional de açúcar e etanol, ao mesmo tempo em que investe em inovação e sustentabilidade.

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