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Governo de Minas desativará hospital de campanha que nunca recebeu pacientes

Atualizado: 12 de out. de 2020

Leitos do Hospital custaram cerca de 2 milhões aos cofres públicos, segundo TCE.




O governo de Minas Gerais desativará hospital de campanha que custou R$ 2 milhões e nunca recebeu pacientes. O anúncio foi feito pelo secretário-geral do estado, Mateus Simões, em entrevista nesta quinta-feira (10).


A unidade conta com 768 leitos — 740 de enfermaria e 28 de estabilização — exclusivos para pacientes com covid-19, doença respiratória causada pelo novo coronavírus, e foi montada na Expominas, em Belo Horizonte.

“Desde o mês passado, vem sendo discutido sobre qual seria o momento em que a gente poderia fazer a desmontagem. A gente aguardava os índices de segurança de ocupação hospitalar da região metropolitana, os números estão estáveis dentro das duas últimas semanas e, portanto, nesta semana, o governo começa a desmontar a estrutura física”, declarou Simões.


Contabilizado pelo TCE-MG (Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais), o montante equivale a R$ 500 mil por mês ou R$ 15.000 por dia desde que ficou pronta, em 29 de abril. Também poderia custear 800 diárias em UTIs (Unidades de Terapia Intensiva), a R$ 2.500 cada.


Entre insumos e equipamentos, o valor poderia bancar 8.000 testes RT-PCR (R$ 250 a unidade, em média) ou 40 respiradores (R$ 50.000 a unidade, segundo o preço que Minas Gerais pagou). O secretário informou que toda a estrutura, como aparelhos e camas, será remanejada para instituições de saúde do Estado.


O governador Romeu Zema (Novo) determinou em 11 de julho a abertura do espaço, perto da data estimada para o pico de casos no Estado. No entanto, só com 4% da capacidade. A condição implantada pelo governo para que o hospital de campanha recebesse infectados era a de que os leitos fossem solicitados por 2 hospitais da Fhemig (Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais), o que não ocorreu e o local permaneceu fechado.


O governo estadual também contratou 200 pessoas em agosto, que foram transferidas para instituições da Fhemig sem aviso prévio. Também ofereceu a área à prefeitura de Belo Horizonte para abrigar pessoas em situação vulnerável. A oferta foi recusada.


Por: Pedro Gontijo/Imprensa MG

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