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Crise financeira atinge 80% das prefeituras de MG e compromete fechamento de contas em 2025

Pesquisa da CNM revela que 95% dos gestores dependem de repasse extra do FPM para pagar o 13º salário; 122 municípios preveem encerrar o ano no vermelho.


Imagem gerada por inteligência artificial.
Imagem gerada por inteligência artificial.

Uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira (15) pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) traçou um cenário preocupante para a gestão pública em Minas Gerais. O levantamento, que ouviu gestores de 701 municípios (cerca de 82% do estado), aponta que a crise financeira e a escassez de recursos foram os principais entraves para 80% das prefeituras durante o primeiro ciclo da gestão 2025–2028.


Além do aperto fiscal, o estudo destaca outros gargalos significativos enfrentados pelos prefeitos mineiros ao longo de 2025: a instabilidade política e econômica (citada por 67%), as dificuldades na gestão da saúde (63,3%) e o impacto dos reajustes salariais (62,6%).


Dependência do FPM e Contas no Vermelho


O pagamento do funcionalismo público é um dos pontos críticos deste fim de ano. De acordo com os dados, 95% dos prefeitos afirmaram que o adicional de 1% do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) é decisivo para conseguir quitar o 13º salário. Apesar das dificuldades, a grande maioria (92,8%) garante estar com a folha de pagamento em dia, incluindo os vencimentos de dezembro.


No entanto, o equilíbrio fiscal não é uma realidade para todos. O levantamento alerta que 17% das prefeituras ouvidas — o equivalente a 122 municípios — preveem não conseguir fechar as contas de 2025.


A situação se agrava com o cenário de "restos a pagar": 30% dos gestores (213 prefeituras) indicaram que precisarão inscrever despesas empenhadas e não pagas para o exercício seguinte sem ter a fonte de recursos garantida, o que pode gerar complicações legais e administrativas.


Expectativas para 2026


Olhando para o futuro, a pesquisa revela um otimismo cauteloso. Quase metade dos gestores (46%) acredita que a economia terá um desempenho bom ou muito bom no próximo ano. Em contrapartida, cerca de 34% mantêm uma visão pessimista.


Para Paulo Ziulkoski, presidente da CNM, o ano de 2026 trará "desafios significativos", que poderão ser intensificados pelo clima político-eleitoral que se aproxima.

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